quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

National Kid - Mais que um simples Tokusatsu





Se você tem menos de 40 anos e não é um fã da cultura japonesa, com certeza não reconhece o vídeo acima. Melhor, não reconhece a importância do vídeo acima.
Em tempos pré-internet, a televisão exercia grande influência na mente de crianças e adultos e o seriado "National Kid" é um dos programas mais influentes na TV Brasileira.

Antes de falarmos do seriado em si, vamos passear um pouco por sua criação e exibição em terras tupiniquins.

No fim dos anos 50, a empresa National Eletronics Inc. (atualmente Panasonic) encomendou ao mangaká Daiji Kazumine um mangá que serviria de "catálogo" para a empresa. Nascia assim National Kid: o garoto propaganda.
Mais tarde o autor disse que seu personagem era totalmente baseado no Superman, sendo invensível, defensor da paz e da justiça, com a diferença de usar armas laser e voar de braços abertos e não esticados.

Em 1960, a Toei Co. adaptou os mangás para uma série Tokusatsu de mesmo nome. Atores amadores, efeitos especiais precários e imagens em p&b eram as marcas do seriado, que fez pouco sucesso no Japão, tanto que o proprio produtor da série, em viagem ao Brasil, ficou espantado com o tremendo sucesso da série em nosso país.

Ela estreou por aqui em 1964, pela TV Record e logo se tornou uma febre, com uma lendária dublagem da AIC de São Paulo. Passou por outras emissoras e só deixou de ser exibido em 1970, devido a censura da Ditadura Militar.
Fatos marcantes como as pichações "Celacanto provoca maremoto" no Rio de Janeiro em 78, mostram que até contrabandistas foram influênciados pelo nobre herói.

Em 1993, a Sato Company disponibilizou boa parte da série em VHS, com uma nova dublagem da Emerson Camargo/SP, porque os originais com a dublagem da AIC foram perdidos em um incêndio.
Em 2002 ela foi lançada finalmente na íntegra em DVD, pelo selo "Cinemagia" e em 2009, a Focus Filme lançou uma nova coleção, sendo que parte dela contém episódios com a dublagem origial (fitas foram encontradas em um sotão em 1997).
Com isso, já é possível deduzir o quanto National Kid foi influente no Brasil, não?



A história da série gira em torno do profesor Massao Hata (Riusako Hata, no original), que se transformava no herói National Kid quando a Terra era ameaçada por criaturas vindas do espaço ou do subterrâneo do planeta. O professor foi interpretado inicialmente por Ichiro Kojima, mas foi substituído por Shiutaro Tatsumi devido a problemas de saúde.


Durante os 39 episódios da série, foram mostradas quatro sagas, onde Kid enfrenta desde os Incas Venusianos até os Zarrocos do Espaço, passando pelos famosos Seres Abissais (de onde surgiu a famosa frase do Celacanto). Não podemos esquecer dos incríveis closes em relógios e tudo que era apetrecho eletrônico durante os episódios, afinal, acima de tudo o programa era um merchandising da National.


Enfim, foram poucos episódios, exibidos muitas vezes e lançados em coleção outras tantas vezes no Brasil, enquanto que no Japão, são poucos os que conhecem este Tokusatsu. Ironico, não?
Acima de tudo, podemos dizer que, no Brasil, National Kid é muito mais que um simples Tokusatsu, é um marco da TV e de toda cultura Pop.

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Fontes:

- Wikipédia
- Retro Tv
- Almanaque Anos 70 - Ana Maria Bahiana - Editora Ediouro

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Informaticamente falando...perigos da internet!


No último informaticamente falando, falamos sobre a criação da internet até no que vimos hoje, mas que tal dar uma pulada na história(Depois retornaremos para falar dos primeiros sistemas de informação), e falar um pouco sobre "Segurança da Informação". Seu orkut foi hackeado? Tem mandado mensagens de vírus para seus amigos? Vamos ver formas de evitar isso, e é bem simples!

Na programação nós partimos do princípio que o usuário é "burro", mas não se sinta ofendido de maneira alguma com essa afirmação, pois não é culpa do usuário ser "burro", nada mais é que o diagnóstico da "ignorância" e falta de informação dos usuários ao navegarem na internet e nos computadores, e a função do programador é facilitar ao máximo a vida do usuário casual. Por isso é sempre bom ficar atento a dicas como essa, para não cair em uma cilada! Vejamos algumas dicas de como se preservar no orkut e msn:

Orkut e Msn


O público brasileiro de internet não é muito exigente, isso é fato, acabou que o orkut fica bem abaixo do padrão de qualidade Google, com muita instabilidade. A nova versão do orkut parecia ser a salvação, com interação de aplicativos e jogos, o orkut poderia se tornar novamente uma grande promessa, mas acaba sendo frustrado pela instabilidade do sistema(Que também vem sido melhorada).

Ganhe moedas verdes

O grande inimigo dos usuários estão se concentrando nas propostas de burlar certos jogos e aplicativos, com a garantia de ganhar alguma vantagem neles. Para o usuário, sempre vale aquele ditado "quando a esmola é demais, o pobre desconfia", não existe nenhuma fórmula milagrosa para zerar um jogo, ou ter dinheiro infinito, sempre parta desse princípio. E de maneira alguma cole códigos no seu navegador! Imagine que seu computador é sua casa, basicamente bem protegida, e existe um ladrão do lado de fora, ao colar qualquer tipo de código no navegador, você estará abrindo as portas para tal, inutilizando qualquer ferramenta de segurança que você tem.

Links, Links, Links

Isso serve tanto para orkut quanto para msn, sempre desconfie de links que são de pessoas desconhecidas, ou são enviadas sem sentido para você. No msn, sempre pergunte ao seu contato, se ele enviou mesmo o link, e qual o conteúdo do mesmo. No orkut a regra é um pouco mais fácil, ao ver um link que pareça seguro, coloque o mouse sobre ele, e verá no rodapé do seu navegador, a verdadeira identidade dele. A maioria dos vírus modificam o endereço para parecerem amigáveis ao usuário, suspeite de qualquer link que se diferencie do endereço escrito na mensagem para o do rodapé do navegador.

Informações pessoais

Mais uma vez entramos nessa, nada é milagroso! O orkut pertence a Google, e o msn a Microsoft, duas das maiores empresas de software do planeta! Não é nada fácil hackear seu sistema, então não acredite em mensagens que prometem desbloquear fotos de contatos e nem mesmo mostrar quem te bloqueou no MSN. E de maneira alguma passe dados de sua conta em páginas que não seja a do MSN/HOTMAIL e Orkut. Sempre suspeite de sites que se conectem no msn ou orkut pelo navegador, afinal, eles terão acesso a sua conta!!

Conclusão

Ninguém precisa ser graduado, nem mesmo ter conhecimento. Assim como a grande parte dos acidentes de carros são causados por erros dos motoristas. Quase todos os perigos da internet são causados pelos erros do próprio usuário! Fique alerta!

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mas Poxa Vida

Algum tempo atrás, foi publicado aqui no Radioativo, o texto "Quanto vale sua idéia?" expondo um ponto de vista não muito trabalhado na Internet hoje em dia.
Uma curiosidade interessante sobre os vídeos usados como exemplo naquele texto é que são todos internacionais, algo que nem havia sido notado durante a produção do post.

Será que os brasileiros não tem boas idéias? Será que elas não são devidamente divulgadas e posteriormente "viralizadas" na Internet? Casos mais antigos provam que não é bem assim (só um exemplo, pra refrescar a memória), mas a tempos não se via uma ideia original produzida em nossa país, em termos de virais da internet.

Logo, introduzo aos desavisados os vídeos do canal maspoxavida.
Uma idéia original e muito bem feita, além de engraçada e verdadeira (até certo ponto). Separei 4 vídeos, mas tem mais no canal do YouTube, então, aproveitem:







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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

C&C: O Garoto-Aranha


Se as pessoas dizem que devemos procurar Deus nos ângulos, eu respondo que então é nas aliterações que vamos provavelmente encontrar o Diabo. Isso mesmo, aliterações. Como, por exemplo, “caça cansada”, “ameixa amarela” ou “Pedro Prado”. É, Pedro Prado é o melhor exemplo. Algumas pessoas culparam os quadrinhos, outras culparam os tios, uns dois ou três até me culparam, mas eu sei que a culpa é das aliterações.

Talvez só eu saiba, mas acho que é assim que as coisas funcionam, com cada verdade sendo clara apenas para uma pessoa, o que quer dizer que só eu, um balconista de loja, sei a verdade sobre a morte de Pedro Prado, enquanto, talvez, só um desses mendigos ou bêbados que abordam as pessoas na rua saiba alguma verdade importante, dessas que mudariam o mundo. Às vezes, imagino pra que pergunta apenas Pedro Prado saberia a resposta. Espero que não fosse nenhuma pergunta muito importante...

Claro que as pessoas que falam só o óbvio foram as primeiras a dizer que foi tudo culpa dos quadrinhos. “Afinal, se ele não lesse aquelas malditas revistas, nada daquilo teria acontecido!” Não sei se isso é verdade. Afinal, certas coisas são tão improváveis que são inevitáveis por si mesmas. É como ganhar na Sena: é tão difícil acertar aqueles seis números que o fato de você ter acertado prova que ninguém além de você poderia acertar. E foi assim com o Pedro. Acho que a morte dele foi decidida antes mesmo dele nascer. É, foi isso, ele morreu em 1962, quando Stan Lee e Steve Ditko publicaram a primeira história sobre um garoto que morava com a tia e andava por aí, pendurado em teias de aranha. Nesse dia, O Pedro, que nem sonhava em nascer (nem sei se os pais dele já tinham nascido) morreu.

Aliterações.

Eu me lembro da primeira vez que ele apareceu na loja, ainda acompanhado do Tio Benjamim, um bom cara, gostava muito do sobrinho. Eu era novato, tinha acabado de ser contratado, e o patrão me mandou atender o garoto. Claro, era um moleque esquisito, muito retraído, aqueles óculos enormes, que eu nunca tinha visto uma criança usando, mas bastante esperto, parecia interessado por tudo. Levou uma edição do “Homem-aranha” e passou a voltar ali todo mês, quase sempre com o Tio. Até a morte do Sr. Benjamim, é claro.
Depois, ele aparecia só de vez em quando; quase sempre eu é que passava na casa dele e largava as revistas lá na porta, coma Dona May. Mas mesmo dentro da timidez e da esquisitice dele, ele sempre foi um garoto legal, e provavelmente teria se tornado um grande homem, um cientista ou algo do tipo, não fossem os dois desastres. Aliterações. Sempre elas.

Tudo começou como uma piada. E se eu tenho alguma culpa pela morte de Pedro foi por causa disso. Mas como um balconista de comic-shop poderia resistir a fazer piada com um garoto chamado Pedro Prado, órfão, que morava com os tios Benjamim e Mayra? Qualquer um que já leu uma revista do Homem-Aranha sabe do que eu estou falando... Ainda mais naquele dia, em que ele estava todo feliz porque tinha finalmente tido coragem de conversar com a vizinha pela qual era apaixonado desde pequeno. Quando ele me contou que ela era ruiva e se chama Maria Julia, foi demais pra mim. Passei a chamar Pedro só de “Garoto-Aranha” e, apesar da timidez, ele até começou a ficar famoso na loja; afinal, coincidências assim são tudo menos comuns (senão, não seriam coincidências, eu acho) e, no meio de um monte de nerds, esse é o tipo de coisa que até causaria inveja. E a brincadeira só aumentou quando encontramos uma revista antiga, uma das primeiras edições brasileiras , acho que ainda da RGE ou da EBAL, em que o tradutor, ainda na onda de adaptar nomes (até algumas décadas atrás, o Brasil era o único páis do mundo onde a namorada do Superman se chamava Mirian Lane) chamava Peter Parker de Pedro Prado, com todas as letras. Mas, por mais estranha que a coincidência seja, o que sempre me deixou intrigado foi o fato de que eu, e não ele, que era apaixonado por quadrinhos e por todos aqueles personagens, tivesse percebido as semelhanças. Ou talvez ele simplesmente não quisesse perceber, não sei.

Claro, no começo era engraçado. Até os tios dele brincavam com isso, serviu até pra que ele ficasse mais solto, mais descontraído. OK, às vezes era realmente assustador, como naquela vez em que ele conheceu uma garota na loja, eles até trocaram telefones e, quando fomos ver o nome dela no papel, estava escrito “Felícia”; ou quando eu conheci um amigo dele, filho de um cônsul americano, chamado “Harry”. Mas só me fazia pensar que o universo pode ser muito mais idiota do que eu jamais imaginaria, e ponto final. Mas, até aí, estava tudo bem. É fácil viver em um mundo idiota. Mas não num mundo trágico.

Foi numa sexta, quando eu estava saindo da loja, que me contaram que o tio dele tinha sido assassinado. Um bandido que tinha acabado de assaltar um Banco quis usar o carro do Sr. Benjamim pra fugir, mas ele resistiu. Pronto, dois tiros no peito, morreu ali mesmo. Só consegui falar com Pedro uns dias depois, já que ele não queria ver ninguém e eu sabia que não era hora de discordar. Abatido, cansado, chegou, pegou uma revista e já ia saindo quando eu me ofereci pra pagar um lanche.
“Foi tudo culpa minha, sabe?” Essa foi a primeira frase dele. “Ele estava lá me esperando, enquanto eu paquerava uma garota idiota. Foi tudo minha culpa.” Minha cabeça fritava com as coincidências, mas eu só ouvia. “Se eu não tivesse me atrasado, ele não estaria lá, entende? Ele ia estar vivo agora...” Eu pensava em alguma coisa pra dizer, afinal, era óbvio que nada daquilo era culpa dele, e nem tinha como ser, aquilo tinha sido uma tragédia e, se alguém era culpado, talvez fosse o governo, ou a violência, ou mesmo o sistema capitalista de produção, mas não aquele garoto de 16 anos sentado na minha frente e me olhando através das lentes mais grossas que eu já tinha visto. “Mas agora eu sei a verdade! Quer ver?” Não fazia a mínima idéia de que verdade seria essa, mas tentei parecer satisfeito e interessado; afinal, o garoto precisava de amigos e de incentivo. Ele me levou pelas escadas até o último andar do shopping, que tinha umas sacadas enormes onde casais ficavam de bobeira, ou coisas do tipo.

Ficamos em uma das sacadas. “Eu entendi tudo, sabia?” Não, eu não sabia. “Pedro Prado, órfão, sobrinho de Ben e May, garoto estudioso, tímido e apaixonado pela vizinha ruiva, Maria Júlia, isso te lembra alguma coisa?” Ok, “Garoto-Aranha”, isso me lembrava o Homem-Aranha, mas e dái? ”E daí?! E daí que eu tenhos tudo isso! Todos os nomes, todas as características, agora a morte do meu tio, você não enxerga?” E o pior é que eu começava a enxergar. Só não imaginava aonde ele queria chegar. “Eu sou o Homem-aranha! É , eu sou o Homem-Aranha! Tudo isso só acontece porque ele, quer dizer, eu , sou real! É isso, entendeu?”
Eu tentei explicar que aquilo era bobagem, eu poderia me chamar “Bruno Breno” e nem por isso seria o Hulk, mas ele não me ouvia. Ele só falava. “E agora eu vou te mostrar, olha só!” E pulou da sacada.

Eu já disse que vários culparam as revistas, os quadrinhos. Alguns culparam a tia que, abalada com a morte do marido, não percebeu a perturbação do sobrinho. Alguns me culparam, porque fui eu que comecei com a história de “Garoto-Aranha”. Lá na loja, alguns culparam a falta de aranhas radioativas no mundo real, ou a falta de senso de oportunidade dos pais dele que, se tivessem lido ao menos uma história em quadrinhos na vida, saberiam que aquele nome era uma péssima idéia. Eu preferi culpar as aliterações. Talvez assim eu culpe também os quadrinhos (Clark Kent, Bruce Banner, Billy Batson, tantos outros...), talvez assim eu me culpe, talvez assim eu culpe o mendigo que sabe a verade sobre o universo, mas não conta pra ninguém. Ou talvez assim toda a culpa seja única e exclusivamente de Pedro Prado, O Garoto-Aranha.

Jluismith - dedicado a Steve Ditko
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Conto de Jluismith (João Jr.) do blog Just Wrapped Up in Books, publicado originalmente no FARRAZINE #12

*A imagem inicial é um desenho de John Romita para capa de Spider-Man: Rock Reflections of a Superhero!

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Movimentos de Areia

Kseniya Simonova é uma artista ucraniana de 25 anos, vencedora do Ukrain’s Got Talent 2009.

Sua performance consiste em uma animação em tempo real, criada a partir da areia em cima de um projetor. Pode não parecer muita coisa, mas acredite, é surpreendente!
Em sua apresentação vitoriosa, ela representou os horrores que seu país (ainda URSS) viveu durante a Guerra Patriótica contra o Terceiro Reich, na Segunda Guerra Mundial.

Assista:



Depois dos 8 minutos e 33 segundos fica fácil entender por que esta apresentação emocionou as mais de 13 milhões de pessoas que assitiam ao programa naquele momento.

Confira abaixo outra apresentação da artista vencedora:




D'aqui

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Bola oval com...cinema?


Muitos nerds, curiosamente, conhecem o Superbowl.


Para os que não conhecem, só basta dizer que é um dos maiores eventos esportivos da terra, a grande final do Futebol Americano.

E, como tudo nos Estados Unidos, as grandes empresas metem o bedelho e enfiam seus melhores comerciais.

Milhões são pagos por apenas alguns segundos de comerciais, que incluem também filmes famosos (daí vem a relação conosco).

Eu, como grande fã e praticante do Futebol Americano, sempre procuro por propagandas legais no Superbowl, e sempre acho algumas, digamos, interessantes :P

Mas esse, realmente, eu tive que postar no blog.

Trata-se de uma fantasia maluca que dá certo, "O que aconteceria se a filmagem do Superbowl fosse dirigida por grandes diretores do cinema?". E o resultado é fantastico, principalmente por incluir gandes nomes como Godard, David Lynch e Quentin Tarantino (o mais engraçado na minha opinião).

Bom, sem mais delongas, confiram o vídeo aqui:


créditos: Blog do time ABC Corsários

Foto:Do meu time de Futebol Americano, o Santa Maria Soldiers.Interessados ver aqui.

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Tokusatsu Parte 4 - Kyodai Heroes

Antes de entrarmos no assunto desta semana, acompanhe comigo no replay o que já foi publicado sobre os Tokusatsus aqui no Radioativo:

Parte 1 - Super sentai
Parte 2 - Metal Heroes
Parte 3.1 - Henshin Heroes dos anos 70
Parte 3.2 - Henshin Heroes dos anos 80 até hoje

Parte 4. Kyodai Heroes


A Gênese dos Tokusatsus!
Como já foi mencionado nos textos anteriores, depois que a série "Ultraman" se tornou popular, os tokusatsus se tornaram uma verdadeira febre no Japão e os Kyodai Heroes nada mais são do que seriados criados na esteira do sucesso de "Ultraman".
A palavra Kyodai significa Gigante (nos EUA, os seriados deste estilo são conhecidos como "Giant Heroes") e tais séries mostram heróis que são capazes de crescer até ficarem gigantes para poder enfrentar monstros de tais proporções.


Magma Taishi - Lançado em 1966, duas semanas antes do primeiro Ultraman, pela P. Productions.
Também conhecido como "Vingadores do espaço" a série é baseada em um mangá de Osamu Tezuka e conta a história de Goldarr e sua família, guerreiros do espaço que vieram a Terra para protegê-la de todas as ameaças.
Se você tiver coração forte para conteúdo trash, assita um clipe.

Giant Robo - Criado em 1967 por Mitsuteru Yokoyama conta com um plot bem simples que, basicamente , mostra a história de um garoto de nome Daisaku Kusama que se transforma no herói para enfrentar a organização Big Fire, que captura cientistas para criar monstros gigantes e destruir a Terra.


Spectreman - Série de baixo orçamento lançada em 1971 pela P. Productions, contava com efeitos especiais de péssima qualidade (monstros de lona, cordas a mostra e pedras de isopor, por exemplo), mas que fez muito sucesso em seu país de origem e no Brasil, sendo hoje considerada uma série cult.
A série tinha inicialmente o nome de "Símio Espacial Gori" e conta a saga do cientista Dr.Gori, do planeta Épsilon, que tem como habitantes símios super desenvolvidos com uma tecnologia muito avançada em comparação com a da Terra.
O Dr. Gori pretendia derrubar o governo de Épsilon, mas foi descoberto e teve de fugir, chegando até a Terra, onde ficou perplexo com o problema da poluição e a maneira como os humanos destruiam seu próprio planeta; assim, Gori decide criar monstros a partir da própria poluição e destruir o planeta ainda mais rápido.
A partir do episódio 20 a série passa a se chamar "Símio Espacial Gori VS Spectreman", onde o ciborgue Spectreman é enviado a Terra pelos Dominantes do planeta Nebulosa 71 para proteger o planeta. No episódio 40 recebe o nome de "Spectreman" e assim permanece até o fim.
No Brasil, foi exibido com o único nome de "Spectreman" pela Record e pelo SBT, no lendário programa do Bozo, onde alcançou um incrível sucesso. Relembre assistindo a abertura.

Com o sucesso de Spectreman, ainda em 1971 surgiram "Silver Kamen", "Mirror Man" e "Fireman".

Redman - Série criada pela Tsuburaya Productions, a qual criou os 138 episódios de 5 minutos desta série.
A trama é simples e minimalista: Redman simplesmente é um herói cósmico que defende a Terra de monstros gigantes.
A falta de uma trama decente se deve ao fato de que esta série foi criada unicamente com o intuito de fazer parte de um antigo programa de variedades no Japão, daí também se explica seu formato inusitado para um Tokusatsu ate então. Assista!



Go! Godman - Seguiu o mesmo formato de Redman, com episódios de 5 minutos em um programa de variedades, mas durou bem menos que a primeira.
Assim como Redman, não tem absolutamente nenhuma história, mostrando apena Godman caindo na porrada com os populares monstros de borracha. Vale ressaltar que este é um Tokusatsu importante por se tratar do primeiro Kyodai Hero produzido pela Toho.




Iron King
- Tido como um pecurssor dos Metal Heroes, o seriado conta a história da eterna luta entre os clãs Shiranui e Yamato, sendo que este último ocupa o governo japonês.
Ameaçados pelo clã Shiranui, que pretende dominar o país usando um robô guerreriero gigante, a organização nacional de segurança convoca o jovem Gentaro Shizuka que controla o Iron King para defender o Japão.
Não fez muito sucesso com o povo dos olhos puxados, mas chegou a ser lançado em DVD nos EUA.

Thunder Mask - Mais um Kyodai Hero baseado em uma idéia original de Osamu Tezuka. Produzido em 72, conta a história do arqueólogo Katase, que descobre uma profecia de 10.000 anos atrás, dizendo que um grande mal (Deganda) irá despertar e espalhar a destruição pela Terra, mas que juntamente com ele também despertará um Salvador, que terá a missão de destruir Deganda.
Devido a problemas com direitos autorais, nunca foi lançada em DVD e também não é fácil encontrar episódios para download, mas isto acaba sendo apenas mais um charme da série.

Go! Greenman - Produzida em 1973 pela Toho, é a sucessora direta de Godman.
Também tinha o formato dos 5 minutos, mas neste caso, cada luta era dividida em 3 episódios. Como de praxe, não tinha uma trama coerente.

A partir de 72/73, podemos identificar um "boom" de Tokusatsus no Japão, sendo que só nestes 2 anos foram produzidos mais de 10 shows do estilo Kyodai Hero, sendo muitos deles, raros como o citado "Thunder Mask".
Sendo assim, podemos apenas listar algumas produções conhecidas deste período: Majin Hunter Mitsurugi, Jumborg Ace, Ryusei Ningen Zone, Red Baron e Mach Baron, com destaque para os dois últimos, que foram lançados em diversos lugares da Europa.

Daitetsujin 17 - Surgido em 1977 (quando os Sentais começavam a mostrar força e a Toei ia dominando o mercado) é uma criação do grande Shotaro Ishinomori e é frequentemente acusada de ser um plágio de Giant Robo, devido a uma trama parecidíssima e um final também semelhante ao do seriado de 67.


Superman Ganbaron - Um versão japonesa para o Superman, que tinha investimento da Bullmark, interessada apenas na venda de brinquedos.
A maior parte dos episódios é focada no jovem jornalista Teru Tendou, que tem de esconder sua identidade secreta de seus amigos. Quando Teru encontra um perigo logo se transforma em Ganbaron e pode invocar o robô Daibaron.
A série soa estranhamente bizarra por misturar conceitos tipicamente japoneses com um arquétipo estruturado na cultura norte-americana, mas fez relativo suceso. Veja um trecho (em japonês).



Megaloman - Série da Toho que misturou um pouco os estilos Kyodai Hero e Super sentai, porque contavam com um herói gigante para proteger a Terra, mas este fazia parte de um esquadrão(colorido) de defesa, com a única diferença de que somente o protagonista se transformava.
Não fez sucesso no Japão, devido a cenas mais violentas que o comum em um tokusatsu na época, mas foi um dos seriados de maior sucesso na Itália.



Gridman
- Foi produzido em 1993 e foi adaptado para o público americano ao estilo Power Rangers, mas não alcançou o mesmo sucesso deste, sendo totalmente ignorado pelo público ocidental. Hoje os direitos da adaptação são da Dysney.
A trama do Gridman original é inovadora, trazendo como herói um hacker que luta em um mundo virtual.

Desde o ano 2000, houve uma espécie de revival do Gênero Kyodai Hero no Japão, porém as produções atuais deixam a desejar se comparadas com os Tokusatsus listados aqui, mesmo tendo efeitos especiais tecnicamente muito superiores.

Assim encerramos mais uma parte deste especial. Preparem-se para a semana que vem, onde desvendaremos todos os segredos da grande série "Ultraman". No meio da semana ainda teremos um texto extra com detalhes e curiosidades sobre "National Kid". Não perca!

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Com tema nerd, Tijuca leva o Carnaval Carioca!

Usando o tema "É segredo", que incluiu símbolos nerds como magos, o Homem Aranha e até o Batman (!!!), a Tijuca, que não ganhava o título a 74 anos, ganhou o carnaval no grupo especial do Rio de Janeiro no ano de 2010.


Confesso a vocês que nunca fui muitos dos carnavais cariocas e paulistas, tendo como preferência o bom e velho Frevo pernambucano e até o Axé sem compromisso da Bahia.

Mas, como todo o seguidor dessa nossa cultura inútil (ou nem tanto), sei fazer reverência a quem homenageia (mesmo que de maneira tosca) o que eu gosto.A Tijuca foi muito inteligente em explorar esse lado da cultura, e principalmente em usar carros alegóricos criativos para mostra-los, quem sabe por isso levou o carnaval carioca.

A escola que tem como símbolo um pavão, e como cores principais o azul e o amarelo foi fundada em 1931 e só ganhou a competição no ano de 1936.Sendo uma escola muito tradicional, sempre se estranhou o fato da Tijuca ter poucos títulos, o enredo desse ano, criativo e diferente, agradou o público e os jurados do carnaval.

Quem quiser ver o carro alegórico com Homem Aranha e Batman, veja aqui:





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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

'Dançando até o chão...com Rock'


Quem nunca quando criança viu algum filme adolescente dos anos 90, quando os alunos do colegial estavam ansiosos para o Baile da escola. Preocupados se a menina mais popular da escola aceitaria ir com eles, ou chegavam lá sem par. Os clássicos ponches, e os rocks baladas que faziam o esqueleto se mexer(gíria antiga), até o momentos mais decisivo da festa, quando a baladinha(Provavelmente uma do A-ha ou The Police, e para os mais novos, alguma do Oasis) começava a tocar, e desesperadamente o jovem encontrava sua paixão adolescente, para conceder a dança. Que provavelmente se você for um nerd, verá sua 'garota' com o fortão do time de futebol da escola. Mas isso é muito 'anos 80'? Pois é, para quem esperava isso atualmente, pode haver algum susto.

As festas juvenis, as baladas, perderam um pouco da sua característica passada, hoje inundada de alguns conceitos, que existiam no passado, claro, mas de forma mais discreta. Com o objetivo de beber o máximo possível e conseguir beijar o máximo de pessoas em uma mesma noite. Dançando praticamente apenas músicas eletrônica, funk, axé, forró, e outros. Tendo seu foco muito mais na sexualidade do que no próprio romantismo no passado. É fato que em muitas festas quando um funk começa, é quase sinônimo de que algum tipo de dança sexual começará. Desde o créu, até o "descer até o chão". E aquela menina certinha da escola que nunca aceitou ir ao cinema com você, está dançando com vários e 'beijando' vários. Toda festa se transformou em um grande carnaval de sexualidade e deixando todo o lado romântico das festas. Até os momentos para dançar junto, foram substituídos por músicas que falam "É hora de beijar na boca...", e todos se agarram na mesma hora.

Com o funk e a eletrônica se tornando cada vez mais populares, é quase impossível ouvir algumas das músicas clássicas de pista de dança, ou se você, como eu, é um admirador do Rock, está totalmente ferrado. Mas é possível? É possível mesclar o atual com o antigo, ou ainda mais, ainda é possível fazer uma festa com rock, sem que ela se torne sem graça? E todos estejam com vontade de sentar? Eu digo, SIM, é possível.

O antigo.

Provavelmente músicas como "I Will Survive" vão está em uma lista. Mas em quesito baladas, nada supera os clássicos do A-ha e The Police, até mesmo mesclando as músicas mais animadas dos Beatles, vão retornar com um romantismo passado.

O Rock Dançante.

Pode parecer brincadeira, mas nós vivemos uma das melhores épocas para o Rock Dançante. Depois de sua quase morte, bandas como Arctic Monkeys, Kaiser Chiefs, The Killers, Strokes, e etc. Vem trazendo músicas cada vez mais dançantes, com um conteúdo extremamente superior aos atuais eletrônico e Funk.

E como tudo ficaria?

Porque não uma festa com rock? Com algumas músicas de aquecimento mais calmas, como 'Do You Feel Loved" do U2 e "Song 2" do Blur. Para colocar todos na pista porque não "Brianstorm" do Arctic Monkeys" e "Na Na Na Na Naa" do kaiser chiefs, seguido da boa "Last Nite" do The Strokes. Quando todos já tiveram se mexido bastante, as luzes abaixam e começa "Every Breath You Take" do The Police, que por si só já dá vontade de dançar 'colado' com aquela menina que você é apaixonado. Com essa mescla, que também poderiam entrar Rocks mais crus como "American Idiot" do Green Day ou o rock eletrônico distorcido de "Idioteque" do Radiohead. Além de outras centenas de músicas que poderiam dar uma boa festa para aqueles que não gostam dos estilos atuais.

Fiquem com "Brianstorm" e "Every Breath You take":





É possível? Concorda? Talvez...a única que coisa que eu(pessoalmente) não suporto mais é ter que ouvir funk a cada vez que saio a noite.

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Porque iPhone?


O 'iPhone' mesmo com a nova geração de celulares(Liderados por Nokia, Motorola e Google) contia sendo o smartphone mais desejado. Mas a grande pergunta que se faz em quase em todos os produtos da Apple, porque comprá-los? Já que o iPhone 3GS tem uma câmera de 3Megapixels contra as de 5MP da nova geração, um processador de 650 MHZ contra incríveis 1GHz do novo Nexus One, bateria não removível e um preço muito superior. E mesmo com todas as desvantagens de Hardware, tecnicamente o iPhone ainda é o melhor investimento para quem quer ter o melhor celular em casa. Vamos saber o porque:

1) Tela sensível Multitouch - As telas touch, que são sensíveis ao toque do dedo poderiam ser novidade em 2007 na primeira versão do iPhone, mas hoje até os celulares "piratas" vêm com essa tecnologia. Mas mesmo com os investimentos das empresas, ninguém consegue transmitir a "experiência do usuário" como o iPhone, além de ter o multitouch(aceita vários toques na tela ao mesmo tempo), a resposta ao toque do iPhone continua sendo a melhor e mais dinâmica. Tornando só a tela do aparelho um grande motivador para sua compra.

2) Simplicidade - A Apple sempre prezou por simplicidade, se você como eu já teve a experiência de utilizar vários celulares, desde os novos Nokia, como o Nokia N97 ou até os mais "vagabundos" como os MP15, sabem que muitas vezes é tortuoso achar certos aplicativos, e em alguns casos é até difícil fazer ligações. Já no iPhone é tudo muito claro, com ícones grandes(que não vão fazer você apertar o que não queria) e tudo muito claro, o iPhone consegue ser um celular com dezenas de funções, e mostrá-las claramente a qualquer usuário. O próprio Steve Jobs já atentou para alguns pontos, que até senhoras com pouca noção de tecnologia estavam comprando músicas facilmente pelo iTunes.

3) Integração e Potência - Parece contraditório falar em potência agora, já que falamos que em termos de Hardware o iPhone perde para os celulares lançados esse ano. Mas o diferencial dos produtos da Apple, são a grande integração, não há conflitos em hardware, e cada peça do aparelho parece convergir com perfeição. Mesmo com um processador quase 2 vezes menor, o iPhone consegue ter desempenho melhor em jogos do que o Nexus One da Google.

4) Plataforma para jogos - Se dissermos que o iPhone é uma plataforma para jogos, muitos vão torcer o nariz. Talvez o objetivo inicial do iPhone não fosse esse, mas cada vez mais jogos vêm saindo para o celular, tornando a experiência comparável ao Nitendo DS e ao PSP. Os jogos estão explorando cada vez mais o hardware e a função touch da tela.

5) iPod no iPhone - Além de ser um celular multi facetado, o iPhone também um excelente iPod, todas as características de simplicidade e interatividade do iPod Touch está presente também no iPhone, se tornando de longe o melhor celular para reproduzir músicas e vídeos. Além da facilidade em comprá-los, assim como nos MACs, é muito fácil comprar músicas, vídeos e filmes pelo iTunes.

6) Um mundo feito de Apps - A característica que faz o iPhone nocautear a concorrência se chama AppStore, a loja de aplicativos da Apple. Nela você pode visitar e baixar cerca de 140 mil apps disponível, em diversos preços. A plataforma iPhone ainda está com tudo, não se desenvolve nem metade para os outros celulares, do que é desenvolvido para o iPhone. Com o tempo a Apple fortaleceu sua AppStore, e hoje contém uma variedade incrível de produtos, para transformar o seu iPhone no que você quiser.

7) O necessário é bom o bastante - Você nunca verá um produto da Apple complexo ou com excesso de funções. Enquanto empresas concorrentes, como a Nokia e Samsung, ainda pecam em querer colocar o máximo de funções dentro de um mesmo aparelho, o que de certa forma atrai os usuários leigos. Mas o iPhone só há os recursos extremamente necessários, provavelmente não veremos tão cedo um iPhone com acesso a Tv por antena ou com várias câmeras.

8) Mais e mais - Vale destacar algumas características não tão marcantes, mas importantes. Como o GPS, Bússola, 3G, controle por voz, teclado touch, gravações de videos, etc.

O que vem por aí?

A Apple deve anunciar em meados desse ano o iPhone 4G, apesar do nome, é bem improvável que o iPhone venha com a tecnologia 4G, já que além de só estar presente em poucos países, ainda está em desenvolvimento. Existem vários rumores sobre a nova versão do iPhone.

Mais prováveis:
- Atualização da tela para uma OLED, que aumentará a resolução e qualidade das imagens
- Câmera de 5 Megapixels. Que seria só uma jogada de marketing para manter os usuários, já que a própria Apple já declarou desnecessário para o usuário uma câmera de maior potência.
- Altura maior em relação ao 3GS
- Flash de LED para a câmera
- Um processador super potente Dual-Core, junto com mais quantidade de RAM

Duvidosos:

- Com o Magic Mouse, se especula que o próprio iPhone terá toda a carcaça sensível ao toque, que parece bem duvidoso, mas não deixa de ser curioso.
-Bateria removível, bem improvável, já que nenhum produto da Apple tem essa possibilidade.
- Câmera frontal para bate-papo
- Contatos na página inicial

E que venha um novo iPhone, se algum leitor quiser me presentear com um, estamos sempre ai!

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Informaticamente falando...




Para os leitores mais antigos do site, alguns podem se lembrar das matérias do "Eletronicamente falando...", que falávamos sobre assuntos diversos sobre eletrônica, e suas ciências. Infelizmente, a série de matérias acabou morrendo, mas aqui estou eu para ressuscita-las! Mas como de estudante técnico de Eletrônica, hoje sou estudante de graduação em Sistemas de Informação, porque não falar dela, da INFORMAÇÃO, traduzida pelas diversas ciências da Informática!

Nesse primeiro "Informaticamente falando..." nós falaremos sobre a INTERNET, a rede mundial de computadores que a menos de 20 anos estava ganhando forma(porém foi inventada bem antes, veremos isso) e hoje já é um meio essencial para a vida, e aos poucos vai se tornando uma nova máquina de fazer dinheiro para as empresas e websites.

A primeira idéia de Internet surgiu em 1969, antes disso todas as redes de computadores e banco de dados militares eram centralizados, o problema disso é que um ataque inimigo na base significava a perda total de comunicação entre as tropas e o comando. Nos tempos de Guerra Fria, os EUA criaram o ARPA, justamente para criar novas tecnologias para "baterem" a União Soviética. Ai se decidiu descentralizar a rede de computadores, criando uma grande malha de computadores, interdependentes, porém se algum fosse danificado, a rede não cairia. Esse sistema se chamava ARPANET.

Após várias outras redes aliadas e de comunicação começarem a ser interligadas a ARPANET, em 1980, ela se passou a chamar Internet. A internet, assim como os computadores da época, exerciam funções simples, como cálculos, envio de emails e bate-papo. Mas a idéia de uma rede Internet começou a interessar instituições científicas, que também se ligaram a ARPANET/Internet, para trocarem notações científicas com outras instituições. A rede cresceu tanto, que em 1983 os militares a abandonaram, passando a ser apenas um canal de comunicação científico.

A evolução da Internet para parte do que vemos hoje ocorreu no fim da década de 80. Quando o cientista da CERN Tim Bernes-Lee criou o tão popular WWW(World Wide Web). Bernes sugeriu que a internet deveria ter um protocolo único(HTTP) e uma linguagem de fácil leitura(HTML), e com isso criariam um sistema de hipertextos e hiperlinks para se comunicarem. Na primeira demonstração dessa idéia aos seus diretores, foi dito por um deles "Vago, mas excitante". Na verdade, as primeiras páginas eram só textos formatados linkando outros textos formatados, basicamente. Veja o exemplo abaixo, de como era uma página, porém em preto e branco.


Com a criação do HTML, as linguagens e protocolos foram evoluindo. Com linguagens mais evoluídas como FLASH e PHP, junto com a evolução da própria HTML(Que tem como padrão hoje o HTML4, com o HTML5 se popularizando), a internet evoluiu, e se tornou o que vemos hoje.

Até a próxima!

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Tokusatsu Parte 3 - Henshin Heroes (2)

Conforme o prometido, estamos aqui para dissertar sobre o que ficou faltando sobre os Henshin Heroes.


3.2 Henshin Heroes a partir dos Anos 80


Seiun Kamen Machine Man - Série de 1982 que conta a história do estudante Nikku, que veio do planeta Ivy para estudar o comportamente dos seres-humanos auxiliado pelo robo Ball Boy (um robô em formato de bola de beiseball).
É mais uma das criações de Shotaro Ishinomori, que disse ter sido influenciado pelo norte-americano Superman.
No Brasil foi exibido pela Rede Record e pela Bandeirantes, além de distribuido no formato VHS pela Oro Filmes.
Ao assistir este seriado, percebe-se claramente que ele é muito mais voltado ao público infantil que os produzidos pela Toei na época e devido ao seu sucesso motivou a líder do mercado de tokusatsus a criar séries que também eram direcionadas ao público mais jovem.


Kyodai Ken Byclosser - Devido ao sucesso de Machineman, este seriado foi feito logo na sequencia elevando ainda mais o tom infantil e cômico da série de Nikku e seu pequeno auxiliar.
Conta a história de Ken e Ginjiro Mizuno, que receberam diversos poderes de uma entidade cósmica, entre eles o poder de se transportar até a Quarta dimensão e se transformarem em Ken Bicrosser e Gin Bicrosser, juntos os Bicrossers.
Foi exibida no Brasil em 1991, junto com o aclamado "Space Cop", mas devido ao seu tom extremamente cômico não fez sucesso nem aqui e nem em sua Terra de origem.


Cybercop - Este foi mais um dos fenômenos da febre Tokusatsu (tanto no Japão como aqui), principalmente porque abusava dos efeitos especiais.
A série mostra a vida japonesa no futuro próximo de 1999, onde a ZAC (Zero Section Armed Constable, algo como Policiais Armados da Sessão Zero) cria uma equipe de elite armados com a mais alta tecnologia, os Cybercops.
A produção é da Toho e no Brasil foi exibido pela Rede Manchete, depois reprisado (muitas vezes) pela CNT/Gazeta.



Chokou Senshi Changerion e Shichisei Chojin Guyferd são duas séries produzidas em 1996, que alcançaram pouco sucesso no Japão e mesmo assim quase vieram pro Barsil, mas os Animes já estavam em alta por aqui, o que impediu a compra destas séries por emissoras brasileiras.



VoiceLugger - O maior destaque desta série é fato de ser a última criação de Shotaro Ishinomori e exibida postumamente em 1999 (Ishinomori faleceu em janeiro de 1998) e por ser inicialmente planejada para ser uma paródia de tokusatsus mais antigos.
A proposta inicial não foi levada adiante e este seriado conta a história de quatro crianças criadas pelo maldoso Imperio Muon, mas que, ao crescer, se voltam contra seus criadores e ultilizam o poder dos Voistones para lutar contra o Imperador Genbah, líder dos Muon.




Em 2001 e 20002 foram lançados respectivamente: Majin Kishi Jack Geist e Galaxy-Roid Cosmos X, ambos Tokustasus de pouca expressão e pouco sucesso.



Super Star God Grandseizar - A Toho em parceria com a Konami (desenvolvedora de games) criou esta série no intuito de rivalizar com os Super Sentais da Toei e para isso tornou este um dos Tokusatsus mais caros já produzidos.
Foram três séries exibidas no Japão entre 2003 e 2006 (com mais dois especiais) e contam com uma trama complexa que envolve quatro tribos criadas por antigos seres humanos há milhões de anos atrás, representando cada uma um elemento da natureza e todas tem o poder de invocar um deus quando 3 ou mais integrantes da mesma tribo se reúnem.
Apesar das Guerras entre as tribos, todas tem o objetivo de lutar contra ameaças alienígenas ao Planeta Terra.
As séries posteriores a Grandseizar são: Phantom Star God Justirisers e Chousei Kantai Sazer-X e os especiais são chamados de Chouseishin Gransazer: Super Battle Memory.



Garo
- Esta série tem um grande destaque por dois motivos:
Tem efeitos especiais muito acima da média para os tokusatsus e é considerada por muitos revolucionária, porque foi a primeira que abandonou definitivamente o público infantil e se concentrou no público adolescente e jovem, com uma temática obscura. Devido a isso, no Japão ela foi exibida durante as madrugadas e acabou sendo pouco conhecida.
A produção é da Touhoku Shinsha Film Corporation e o enrendo gira em torno de Saejima Kouga, jovem que teve seu pai assassinado pelos "Horros", bestas demoníacas que surgem devido ao mau existente nos corações humanos.
Como vingança, Saejima se torna o Cavaleiro Guardião (Cavaleiro Makai) e luta contra os Horros ao lado de Mitsuki Kaoru, garota que foi banhada com sangue de um Horror e está destinada a morrer por isso.
Assista uma das cenas de luta e tenha um gostinho dessa série que nunca foi ao ar no Brasil, mas segue sendo exibida no Japão e na Itália (pela MTV). [Existem muitos episódio completos no Youtube]


Madan Senki Ryukendo - Esta é a primeira produção da Takara Tomy, antiga fabricante de brinquedos que se arriscou no mundo dos tokusatsus com grande sucesso em 2005.
A trama fala da pacata cidade de Akebono, que recentemente tem atraído muitos montros da organização Jamanga devido ao Ponto de Poder no centro da cidade. Para combater a organização é criada a S.H.O.T. (Shoot Hell Obduracy Troopers) que luta contra tais seres malignos.
Em paralelo, Kenji Narukami chega a cidade de Akebo e logo de cara encontra uma batalha entre as forças do bem e domau; em meio a luta Kenji é escolhido pela lendária espada GekiRyuuKen e se torna o Guerreiro Ryukendo, cujo destino é combater a organização Jamanga.
A RedeTV adquiriu a série e exibiu durante o bloco TV Kids inicialmente com diversos cortes para que a série coubesse nos 20 minutos estipulados, mas logo nos primeiros episódios, devido a alta audiência, a emissora deixou de promover tais cortes e exibiu os episódios na íntegra.


Tomica Hero Rescue Force e Tomica Hero Rescue Fire - Devido ao sucesso de Ryukendo, a Takara Tomy produziu estas duas séries que são baseadas em uma coleçao de carrinhos de brinquedos da emprersa.
A série mostra as missões da Rescue Force, uma divisão especial da UFDA (United Fire-Defense Agency),unidade da Federação da Terra, criada para lidar com grandes desastres. Para isso o grupo conta com ferramentas,vestimentas e veiculos especiais.
A série conta a história da segunda geração de Rescuers e sua luta contra o grupo Neo Terror.
A sequencia Tomica Hero Rescue Fire mostra que após o final de Rescue Force, a equipe de Hikaru foi trabalhar na Europa (numa possivel referência a Winspector e Solbrain, da Toei Co., que tiveram destinos parecidos). Porém um novo mal aparece, chamado Jakaen.
Os vilões foram aprisionados numa geleira no Pólo Norte, mas acabam sendo libertados devido aos efeitos do Aquecimento Global e com isso o grupo de vilões está livre para atacar a Terra com ataques que passam a ser conhecidos como “Super Incêndios”.
Para combater esse novo perigo, a UFDA cria um novo grupo, especializado para combater os Super Incêndios: Rescue Fire.
Os heróis contam com um vasto arsenal de armamentos, ferramentas e mechas para combater o Jakaen.
O maior destaque de Rescue Fire é de seus efeitos especiais, com muitos detalhes. A série foi encerrada recentemente no Japão.



Mais uma vez devo agradecer ao Spider-Phoenix do blog Rangers Online, sem o qual está pesquisa ficaria incompleta.

E, como dito anteriormente, na próxima quarta-feira, conheceremos os Kyodai Heores! Não perca!

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Doutor Receita - Band of Skulls


Existem dias em que a música funciona como uma válvula de escape para as emoções vividas no dia a dia e cada uma das situações que pasam por nossas vidas pedem um tipo de música diferente.

Você pode estar num dia mais agitado, nervoso, barulhento e por isso gostaria de ouvir um pouco de White Stripes, por exemplo.
Talvez seu dia esteja mais leve e você precisa de um pouco de agitação, mas sem a psicodelia proporcionada pelo casal citado acima e é nestes dias que estava fazendo falta uma banda como o trio "Band of Skulls".

Sim, toda esta (inútil) introdução serviu apenas para aprensentar aos nobres leitores deste blog a banda inglesa formada em 2008 que teve seu primeiro álbum lançado em 2009 e, inclusive, teve uma música incluida no filme "A Saga Crepúsculo: Lua Nova".

O White Stripes foi citado no inicio do texto propositalmente, já que é vísivel a influência do grupo no Band Of Skulls dentro da gama de influências do trio. Podemos classifica-los como uma mistura entre os rifs de Jack White e uma melodia calcada no coutry norte-americano.

Enfim, é melhor parar de escrever. Fiquem com um clipe abaixo, visitem o site oficial e aproveitem o som!

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A lenda de Solid Snake

Quando o jovem Hideo Kojima ainda tinha o sonho de se tornar um cineasta ele nem imaginava que seria o responsável por uma das franquias mais lucrativas dos games de todos os tempos e foi trabalhar como designer na Konami Computer Entertenment Japan apenas para finaciar seu sonho.
Após um tempo ele finalmente lançou o jogo "Penguin Adventure" como diretor assistente e, vendo que seu negócio era trabalhar com jogos eletrônicos, produziu "Lost Word", mas a Konami não foi em frente com o projeto e ele foi abandonado.
Foi no ano de 1987 que ele lançou o jogo que mudaria sua vida e a de muitos gamers espalhados pelo mundo: "Metal Gear".



Lançado para o computador/video-game MSX2 o jogo foi um tremendo sucesso de crítica, mas como o MSX só era popular no Japão, ele não foi um sucesso imediato de vendas.
Todos os elogios para Metal Gear eram frutos de sua inovação, já que ele inaugurou o gênero conhecido como Stealth, onde o jogador deve encarnar um espião e passar por todos os obstáculos sem ser visto pelo inimoigo e além disso, Metal Gear também era revolucionário porque dava muito destaque ao enredo, coisa que não era muito comum na época.
O que poucos sabem, é que Metal Gear só acabou sendo feito desta forma, devido as limitações de hardware do MSX, que não suportava muitos elementos ao mesmo tempo na tela e, consequentemente, inviabilizava a criação de combates diretos com o inimigo.

É neste jogo que conhecemos o espião Solid Snake, que é enviado para a base militar de Outer Heaven para resgatar o veterano Gray Fox e descobrir do que se trata o projeto Metal Gear. Ao descobrir que o Metal Gear é um blindado capaz de lançar mísseis nucleares, ele recebe a nova missão de destruir a máquina.
Ao longo do jogo, que se passa em 1995, uma enorme conspiração vai sendo revelado e, sem saber, Snake é uma das peças principais dessa intriga.
O teor político do game é claro e isto só seria fortalecido com as sequências, sendo um dos pontos fortes da franquia Metal Gear

O jogo Metal Gear foi adaptado para o console mais famoso da época, o Famicon (NES ou Nintendinho para os íntimos), mas teve de sofrer vários cortes devido a baixa capacidade de processamento do aparelho e Kojima declarou publicamente seus desapontamente para com esta versão.

Devido ao sucesso do game, a Nintendo e a Konami iniciaram a produção de uma sequencia, sem o consentimento de Kojima, que ao saber disso, iniciou a produção de sua prória sequência. "Snake's Revenge" foi lançado nos EUA e na Europa, mas os fãs da série consideram-no no máximo como um "jogo auxiliar", sendo a verdadeira sequência de Metal Gear, o jogo de Kojima: "Metal Gear 2: Solid Snake".

O jogo foi lançado exclusivamente no Japão para MSX2(em 2004 ganhou uma versão para celular e em 2006 virou um extra de Metal Gear 3: Subsistence) e mostrava Solid Snake em 1999, tendo que invadir uma base militar em Tanzânia Island para resgatar o Dr. Kio Marv e mais tarde descobre e tem de destruir o protótipo do Metal Gear D.
Em questões técnicas, o jogo tem pouca diferença com relação ao seu antecessor, mantendo o estilo Stealth e a jogabilidade do clásico, só tornando o enredo mais complexo.

De 1990 até 1998, Kojima trabalhou em diversos projetos da Konami, mas em 98 lançou para o Sony Playstation o jogo que o colocaria definitivamente num patamar mais alto entre os gamers daquela geração e este jogo era "Metal Gear Solid".
Adaptando os conceitos dos primeiros games para um ambiente 3D, com dublagem feita por atores, ele tornou a experiência mais cinematográfica e a temática do jogo falava de proliferação nuclear e engenharia genética, temas espinhosos até para o cinema e mais ainda para um game. O jogo vendeu mais de 15 milhões de cópias ao redor do globo e se tornou a franquia mais lucrativa da Konami e uma das maiores do mundo dos games.



A trama se passa em 2005, quando o aposentado Solid Sanke é convocado para ir ao Alasca impedir um ataque nuclear organizado pela organização FOXHOUD, liderado por Liquid Snake, "irmão gêmeo" de Solid (um clone).
Em 2004, a Nintendo e a Silicon Knights produziram um remake deste título para Game Cube, intitulado como "Metal Gear Solid: The Twin Snakes", melhorando a interface gráfica e adaptando a jogabilidade.




Em 2000, a Konami lançou para Game Boy Color o game "Metal Gear: Ghost Babel", que assim como o antigo "Snake's Revenge" é considerado uma sequência alternativa para o "Metal Gear" original.

A saga de nosso herói continuou no jogo "Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty", lançado para o Playstation 2 e mais uma vez um enorme sucesso de vendas.
O jogo se passa entre 2007 e 2009 (são dois capítulos) onde Snake primeiramente deve resgatar o presidente americano de sequestradores auto-denominados "Sons of Liberty" ("Filhos da Liberdade"), mas logo percebe que isto é só o começo de uma conspiração que envolve uma organização criminosa e até o próprio governo americano.
O jogo levou o estilo Stealth ao extremo, sendo que o próprio Hideo Kojima declarou em entrevistas que era possível chegar ao fim do game sem disparar um único tiro letal.
Enquanto era muito elogiado por explorar a capacidade gráfica do Playstation 2 ao máximo e por sua jogabilidade totalmente calcada na espionagem ele foi criticado por tratar de temas ainda mais complexos como memes, engenharia social, inteligência artificial e uma leve pegada filosófica.

Em 2004, a Konami lançou um prequel para toda série Metal Gear, intitulado "MGS3: Snake Eater", que manteve a jogabilidade do antecessor e outros elemnetos clássicos como o Codec de comunicação, mas inovou por se passar quase interamente em uma ambiente florestal e por incluir no jogo a necessidade de Snake se alimentar (dái vem o nome que significa "Snake comedor").
O enredo mostra o novato Naked Snake (Big Boss criador da FOXHOUD e vilão dos primeiros jogos da série) tendo que resgatar um projetista de foguetes e destruir uma poderosa máquina de combate em 1964, durante a Guerra Fria. Além disso conhecemos um pouco mais do passado de Naked Snake nesse jogo, já que um dos principais vilões do game é "The Boss", mentora e treinadora de Naked.
Um detalhe legal desta produção é o fato de durante o game vários fatos parodiarem acontecimentos de jogos anteriores, sendo o jogo mais leve e as vezes até cômico (a comédia foi usada em toda a franquia desde Metal Gear Solid para aliviar a tensão dos jogos, mas ela é mais acentuada em MGS3).

MGS3 teve uma continuação lançado para PSP com o nome de "Metal Gear Solid: Portable Ops", pasado seis anos após a operação Snake Eater na América do Sul, onde Naked Snake é caçado pela organização FOX, acusado de traição e tendo de se unir a seus inimigos para revelar a identidade do verdadeiro traidor.

Em 2008 foi lançado exclusivamente para Playstation 3 o game "MGS4: Guns of the Patriots", que conta apenas com a produção de Hideo Kojima, sem que este atue diretamente na direção.
Estamos em 2014, cinco anos após os eventos de Sons of Liberty e Snake está envelhecendo rápido demais devido a experiências genéticas relizadas anteriormente (o codinome dele aqui é Solid Old Snake).
Com o mundo mergulhado mais uma vez em uma crise, devido a proibição de intervenções militares em solo estrangeiro, o desacreditado Solid deve ir ao Oriente Médio, a América do Sul e até voltar a Outer Heaven para mais uma vez salvar a humanidade.
O Game alterou muitas coisas na jogabilidade em relação a MGS3 e mexeu até em algumas coisas clássicas (como a tradicional caixa de camuflagem, substituída por um barril de aço), mas foi tremendamente elogiado pela crítica. Veja um trailer abaixo:




Estão programados para 2010 um jogo para PSP chamado de "Metal Gear Solid: Peace Walker" e para Playstatio 3 e XBOX 360 o "Metal Gear Solid: Rising", sendo que esse útimo tem um novo protagonista, Raiden, um ninja-espião que auxiliou Solid durante o resgate do presidente em MGS2 e pode ser visto em ação no trailer acima.

Raiden, protagonista de MGS:Rising


Espero que tenham curtido esta viagem pelo mundo de Metal Gear e dos games de uma forma geral, que Solid proporcione muitas aventuras ainda a todos nós!

PS: Os games da série Acid não foram citados neste texto, porque eles fogem ao tema principal da série.

PPS: Conforme apontado nos comentários, a matéria continha alguns erros e incongruências, todos devidamente corrigidos

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tokusatsu Parte 3 - Henshin Heroes

Na primeira parte deste especial explicamos o que é um Tokusatsu e fizemos um compilado do Gênero "Super Sentai" e na segunda parte, falamos um pouco sobre cada uma das séries do gênero "Metal Heroes".

Desde a criação do Ultraman em 1966 (falaremos deste tokusatsu mais a frente, com mais detalhes) houve uma invasão de séries do tipo na Terra do Sol Nascente e pelas duas primeiras matérias deu pra perceber que a Toei Co. foi responsável pela exploração do tema ao máximo e, por isso, todos os outros Tokusatsus, sejam Sentais ou Metal Hero, não produzidos pela Toei se encaixam no gênero Henshin Hero, que em tradução livre significa "Herói de Transformação".

3.1 Henshin Heroes dos anos 70

Henshin Ninja Arashi - Baseado em um mangá de mesmo nome, criado pelo já conhecido Shotaro Ishinomori (de Kamen Rider e Goranger), lançado em 1972.
Na trama o jovem Hayate trabalha para o clã Chiguruma Tou sem saber que seus mestres pretendem se tornar os mais poderosos ninjas do Japão Feudal, mas quando seu pai é assassinado pelo líder do clã, Majin Sai, Hayate aprende uma antiga técnica de transformação que seu pai havia descoberto e sai em busca de vingança.
Tecnicamente, só difere dos primeiros Metal Heroes da Toei porque o enredo nada tem a ver com guerreiros espaciais.


Ai no Senshi Rainbowman - Este foi o primeiro Tokusatsu da empresa Toho Company, lançado em 1972.
A história gira em torno de Takeshi Yamato, japonês que viajou até o Paquistão e lá encontrou uma Guerra entre o país e a Índia oriental, mas também entrou em contato com o misterioso Divadatta, que lhe ensinou tudo que sabia antes de morrer, deixando assim, Takeshi como seu sucessor, que ganha o nome de "Rainbowman, o guerreiro do amor". Se tiver coragem, confira a abertura clicando aqui.


Choujin Barom 1 - Uma das poucas séries produzidas pela Hirayama, apresenta a história de dois garotos que recebem o poder de um alienígena para se transformarem no defensor da Terra Choujin Barom (algo como Superman Baron). Kentaro Shiratori é o inteligente e Takeshi Kido é o forte, juntos eles são invencíveis, principalemnte porque contam com aparatos tecnológicos avançados e alienígenas.





Kaiketsu Lion Maru e Fu'un Lion Maru - Exibida no Japão em 1973, estas duas séries fazem parte da trilogia (sim, Kaiketsu teve duas temporadas) chamada de "trilogia Lion Maru".
Foi exibida no Brasil pela TV Manchete em 1989, porém este foi um dos maiores erros da emissora, porque ela adquiriu os episódios da segunda temporada (Fu'un) onde o personagem principal era um leão laranja e ganhou no pacote uma parte da primeira temporada(Kaiketsu) onde o Leão era branco e exibiu tudo entrecortado com o nome de "Lion Man" causando muita confusão para os telespectadores.
A história se pasa no Japão Feudal e, como ficou claro, trata de guerreiros que se transformam em leões.


Jinzo Ningen Kikaida - Den Komyoji é um cientista especializado em robótica que fica desolado com a morte de seu filho e aceita a proposta de trabalho do professor Gill, mas ao descobrir que está construindo robôs assassinos para a organização DARK (da qual sua própria esposa é espiã) ele desenvolve o sistema GEMINI que dá sentimentos humanos aos robôs e cria assim Jiro, que tem a missão de combater seus "irmãos" da DARK.
O maior mérito deste tokusatsu é ter se tornado um cult dentro do gênero e, mais tarde, ser a inspiração para "Metalder".

Totsugeki Hyuman e Triple Fighter são séries que se "aproveitaram" do sucesso alcançado por Kamen Rider(também terá uma matéria solo) e seguiram a mesma cartilha, porém sem o mesmo sucesso.


Inazuman - Watari Goro (Saburo Kazeda no mangá) foi abandonado ainda bebê em frente a casa de um peixeiro que o criou como seu filho sem saber que ele era um mutante, até que o jovem entra em contato com Shonen Domei, organização que reúne jovens com super-poderes.
Dentro da organização ele conhece Banba, que se autoproclamaou rei dos mutantes e considera o aparecimento destes um sinal da seleção natural e pretende criar uma nova raça de seres superiores. Watari se transforma em Inazuman para enfrentar Banba e seus seguidores.
A série é de 1972, baseada em um mangá de nosso amigo Shotaro Ishinomori e também ganhou um anime em 2002.


Tetsujin Tiger Seven - Esta foi a tentativa da P. Productions de criar um Tokusatsu ao estilo de Kamen Rider e assim como as outras cópias não alcançou a sucesso do original, mas neste caso fez relativo sucesso no Japão. Veja um clipe!


Robo Keiji K - Mais um Tokusatsu baseado em um mangá de Shotaro Ishinomori, desta vez inspirada no livro "Eu, Robô" de Isacc Asimov, misturando ficção científica com drama policial.
No show, o robô detetive K é o parceiro do policial quase aposentado Chiba Daizo.
Um detalhe importante é que Robo Keiji K foi produzido pela Toei, mas se encaixa entre os Henshin Heroes por não ter relações com nenhum outro filão dos tokusatsus da produtora.


Shiro Jishi Kamen - Este é, com toda certeza, um dos tokusatsus mais bizarros e psicodélicos já produzidos. Simplesmente assista a abertura e comprove você mesmo.

Com os anos de 75/76 absolutamente dominados pelos Sentais da Toei, o espaço para as séries de outras produtoras foi pouco, mas entre os Henshin Heroes dessa época estão: Diamond Eye (1975), Denjin Zaborger (1974) , Seigi no Symbol Condorman (1975), Chojin Bibyuun (1975), Uchuu Tetsujin Kyodain (1976) e um destaque para Akumaizer 3 de 1975, do qual foi retirada a imagem abaixo.





Enban Sensou Ban Kid - Embora muitos acusem este Tokusatsu de ser um plágio dos Super Sentais, tal acusação é injusta, tendo em vista que ele é de 1976 e já contava com a famosa finalização com a bazuca, coisa que os Sentais só veriam com Changeman, quase 10 anos depois.
Ele também é lembrado por sua trama muito semelhante ao anime Cavaleiros do Zodiaco e alguns extremistas até dizem que Masami Kurumada se inspirou neste Tokusatsu para criar seu mangá.


Ainda em 1976, foi lançado Pro-Wrestling Star Aztekaizer que como o próprio nome sugere era muito inspirada nas lutas livres estilo "telecat" (WWE), que estavam em voga na época e merece destaque por misturar cenas em live-action com animações, como pode ser visto nesta cena de batalha.


Até os anos 80 ainda foram lançados outros Tokusatsus, mas poucos merecem algum destaque, sendo os dois mais importantes:

Spiderman - Em meados dos anos 70, a Marvel Comics ainda mantinha estreitas relaçõs com a Toei Co. e também com outras empresas do mercado japonês, tendo licenciado todos os seus personagens para algumas desta empresas.
Foi assim que nasceu em 1978 o Tokusatsu "Spiderman", baseado no mangá publicado pela Shueisha na Shonem Jump e com uma produção que contava com investimentos da Hirayama, da Bandai (que queria faturar com os brinquedos) e da própria Toei.
Primeiramente a intenção era respeitar os roteiros criados por Stan Lee nos quadrinhos norte-americanos, mas a coisa logo desandou e o Homem-Aranha ganhou ares de um verdadeiro Tokusatsu com direito a Robôs gigantes e tudo mais.



Silver Jaguar - Criado em 1979, procurava restaurar a fórmula usada em "Lion Man", mas não alcançou nenhum sucesso e logo foi cancelada.


Com isso damos por encerrada a primeira parte dos Henshin Heroes, ainda essa semana, teremos a continuação desta matéria com os Henshins dos anos 80 até hoje e na próxima quarta prepare-se para o poder do Trash com os Kyodai Heroes. Até lá!

Um agradecimento mais que especial para o Spider-Phoenix, amigo do blog Rangers Online e especialista em Tokusatsus.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sim, eu vi Sherlock Holmes.



Geralmente, filmagens de personagens ou temas muito famosos te deixam, como posso dizer, excitado.

Você se empolga com o personagem,a ponto até de largar a versão original por um tempo, apenas para rever mais vezes a empolgante versão atual, cheia de efeitos e atores consagrados.Infelizmente, Sherlock Holmes não me deu esta sensação.

Apesar do diretor renomado, atores excelentes ,enredo criativo e direção de arte belíssima, Sherlock Holmes peca na falta de direção da história e na densidade mal elaborada dos personagens secundários, como a femme fatale Irene Poter, o fiel escudeiro John Watson e no vilão, o nem tão perverso Conde Blackwood.

A trama, cheia de elementos como sociedades de mágia negra e policias favorecendo o mocinho.A trama é interessante e, na segunda metade, ganha rumos criativos, mas se perde logo na primeira parte do filme, pela chamada confusão proposital errônea.

Um confusão proposital correta,como em Kill Bill, vem combinada com um ritmo lento nas parte cortadas, para deixar o espectador raciocinar. Sherlock Holmes se faz de um edições rápida, com todas as revelações (como uma lista) mostradas no final, na tentativa de mostrar a inteligência do personagem.Tentativa errada, só pra constar.

O personagem John Watson perdeu toda a sua mística para virar um médico mauricinho chato que eventualmente dá porrada em alguém, personagem sem nexo que ganha apatia do público da mesma forma que Sherlock desvenda um caso.

Mas, leitores queridos, não confundam isso com saudosismo, eu sou a favor de mudanças em imagens antigas, tanto que acho o tom moderno o ponto alto do filme.Mas essas mudanças não podem ser misturadas como desrespeito total a obra original,sendo e, algumas citações clássicas fariam bem ao filme, pois o espectador ganharia identificação.Frases como "elementar meu caro Watson" e elementos narrativos como Watson estar narrando a história soariam como alívio para um filme tão rápido.

A segunda metade do filme se mostra um pouco mais lenta, ou seja, flui melhor na cabeça do espectador, além de tornar o monótono vilão Conde Blackwood um pouco mais interessante, assim como os dois personagens secundários.

Fatos obscuros da vida de Sherlock, como sua paixão pela luta (algo muito comum no período vitoriano) e a excelente atuação de Robert Doweney Jr (levemente inspirada no House de Hugh Laurie, que é, na minha opinião, a melhor versão já feita de Sherlock) tornam o personagem um ponto agradável do filme, como uma espécie de válvula de escape, o que não deixa de ser correto, já que é um filme sobre ele.

Então temos um filme que tem tudo pra engrenar, mas não engrena por culpa do ritmo fraco e do total descaso com a personalidade dos personagens secundários.No fim, ele se torna uma diversão despretensiosa e inútil, e como todo o tipo de entretenimento sem nexo, merece nossa reverência.

NOTA: 6,5

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