segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Os Simpsons - por Banksy



O assunto em destaque na internet nesta segunda-feira é a polêmica abertura do seriado "Os Simpsons" feita pelo famoso grafiteiro inglês Banksy.

O desenho animado "Os Simpsons" já é consagrado e se tornou uma das séries mais duradouras da TV de todos os tempos, sempre causando polêmica ao criticar e fazer piadas com tudo e com todos, inclusive sendo pivô de muitos polêmicas no decorrer dos 22 anos em que está em exibição.
A abertura feita por Banksy causou todo este frenesi por que dá a entender que a Fox utiliza trabalho semi-escravo na produção da série e de seus derivados (bonecos, dvd's e etc), fato este que não pode ser comprovado, mesmo tendo em vista que a Fox realmente usa mão-de-obra sul-coreana na produção de seus produtos.

O mais estranho de tudo isso, é que a abertura não foi apenas espalhada na internet mas exibida pela própria Fox no dia 10 de outubro! Não fosse apenas isso, o produtor da animação Al Jean jogou mais lenha na fogueira ao declarar "Isso é o que você ganha quando terceiriza", ao brincar sobre o ocorrido.

Assita a abertura acima e conheça um pouco mais do trabalho de Banksy em seu site oficial.

Tire suas próprias conclusões enquanto animadores se demitem e pseudo-intelectuais dizem por aí que a abertura só mostra a "verdade sobre o capitalismo", algo que nunca foi segredo pra ninguém.

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domingo, 10 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 : Faca na Bandeira


No Brasil, existe uma espécie de Sistema imposto pela sociedade hipócrita que fazemos parte. Os traficantes são protegidos por ativistas e seus Direitos Humanos, os policiais causam medo nos cidadãos e os politícos maestram todo esse espetáculo do rídiculo detrás de suas mesas de gabinete. Esquerdistas, facistas, humanistas e outros grupos ideológicos entram em conflito enquanto a população nacional fica anestesiada pela intimidação dos bandidos e o poder da lei. Em epóca de segundo turno nas eleições, o filme "Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro" chega às salas de cinema e traz ao público a história do Coronel Nascimento contra esse Sistema.

Situado quinze anos após o fim de "Tropa de Elite", essa sequência mostra o amadurecimento dos personagens do primeiro longa-metragem. Após um massacre feito pelo BOPE durante uma revolta em Banguu I, o agora Coronel Nascimento vira o mais novo herói do estado do Rio de Janeiro e acaba ganhando o cargo de sub-secretário de segurança. Uma metalinguagem poderosa, já que o personagem de Wagner Moura virou ídolo da nação depois do primeiro filme. Mais consciente do que antes, agora Nascimento vê suas crenças serem destruídas ao perceber que o buraco do Sistema é mais em cima do que imaginava. Lá pelas bandas de Brasília, por ali.


Como uma sequência, "Tropa 2" é mais do que eficiente. Os principais personagens reaperecem, uns mais que outros, mas cada um deles com uma evolução visível. Agora, Matias é o capitão do BOPE, determinado a resolver tudo na base da bala, e Nascimento, interpretado de forma genial por Wagner Moura, é um engravatado perdido na sua cruzada contra o Sistema. Em "Tropa de Elite", vemos a história atráves do olhos facistas de Capitão Nascimento. Aqui, somos apresentados a todos os pontos de vista e é entregado na nossa mão a tarefa de escolher a melhor opinião. É tanto que o coronel Nascimento, narrador-personagem do filme, muitas vezes se mostra em dúvida sobre sua luta contra o Sistema.

Com um roteiro mais pesado, o diretor José Padilha mostra um filme menos movimentado e mais focado em cutucar a ferida aberta da corrupção no Brasil. Sem firulas e eufemismos, ele vai direto ao ponto de uma forma brutal e crua. Um soco de cultura na cara do telespectador. Agora, o vilão não é o traficante nordestino de vida sofrida ou o playboy maconheiro, mas os politícos e PMs do Rio de Janeiro. E o mais poderoso é que o filme pergunta, com todas as letras: "E quem é que financia isso tudo?"


Nesse filme, somos apresentados há uma ficção que, infelizmente, tem muitas semelhanças com a realidade. Na telona, o super-herói brasileiro Nascimento bate de frente contra os políticos corruptos, entretanto, na vida real, a história é outra. Os problemas no Brasil não possuem um corpo que possa ser destruído ou um rosto que possa ser surrado. A luta contra o vilão da Corrupção é cansativo e dura anos, mas, cedo ou tarde, nós teremos que exterminá-lo. Pelo menos, antes que o Sistema consuma tudo da pátria com suas facadas na nossa bandeira, que a impedem de tremular no horizonte do progresso.

Trazendo a maior bilheteria já feita por um filme brasileiro no seu fim-de-semana de estréia , "Tropa de Elite 2" chega aos cinemas dando um tapa na cara no cidadão comum de classe média e mostrando sem dó as chagas da nossa sociedade. O filme oferece a platéia um roteiro denso, uma história bem-amarrada e cenas soberanas, que não devem nada a clássicos como "O Poderoso Chefão". Dá orgulho ver um filme de tão alta qualidade sendo feito em solo brasileiro. Entretando, vale lembrar que "Tropa 2" foi adiado pelo governo para três meses depois da data estipulada, exatamante depois das eleições, portanto, assista esse filme não apenas para gritar, não apenas para sair da sala de cinema batendo palmas, mas também para lembrar: Antes de Che Guevara, Calígula ou Tiririca, pensa no solo onde pisa e no céu que te cobre. Não venda a alma do pobre Brasil para oportunistas e corruptos. Deixe um pouco A Fazenda de lado e exerça seu papel de membro da nação.

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