domingo, 28 de junho de 2009

O que há de bom nos Reality Shows na TV brasileira

Já faz algum tempo que os Reality Shows dominaram o mundo do entretenimento televisivo. Reality Shows não são novidade e seu domínio não é de hoje, mas em tempos em que a Record estreou "A Fazenda" nada melhor que mostar o que tem de bom em Reality Shows na TV.

Vamos falar de programas que tenham versão nacional e exibidos em TV aberta:

Super Nany - SBT - Sabado as 20:00



A grande atração deste Reality é a vergonha alheia. Ver pais descontrolados, com crianças ainda mais descontroladas e destruidoras, passando pelos piores perrengues que se pode imaginar pode parecer chato, mas é engraçadíssimo. Sempre existem as pessoas que não gostam, mas não há como negar que Cris Poli tem talento quando o assunto é educar, não se pode dizer o mesmo sobre atuar (as caras que ela faz durante o programa são impagáveis).
Enfim, o programa não tem muito a oferecer, não dá pra tirar muitas lições, mas só de ver que pessoas tem coragem para expor seus filhos daquela maneira, o programa se torna interessante.

Troca de Famílias - Record - Terças e Quintas as 23:15




O slogan do programa promete responder a velha pergunta : "A grama do vizinho é sempre mais verde?". Não podemos dizer que a questão é resolvida, mas colocar uma pessoas em uma situação totalmente fora de seu padrão de vida, somente com o objetivo de mostrar que não é possível se adaptar a um estilo de vida que não é seu, é algo divertido de assitir. A produção do programa ainda é capaz de escolhar os tipos mais bizarros (no bom sentido) pra fazer o programa, logo colocar uma caipira no meio da cidade ou uma católica fervorosa no meio de uma família de adoradores do demônio é o mínimo que você vai conseguir ver.

Astros - SBT - Quarta-Feira as 20:00



O programa é praticamente um "Bizarre Show" brasileiro, os produtores do programa se esforçam ao máximo pra selecionar apenas uma apresentação de música a cada 10 apresentações. As outras 9? Puramente pessoas pouco instruidas que um dia acharam que podiam cantar e acabam "pagando mico" para o bel-prazer dos apresentadores e do público.
Algumas apresentações beiram o escatológico. Quem assite ao programa não procura música, procura um circo trash! Encontrado facilmente

E-24 - Band - Terças as 22:15


Há quem goste se séries que tratam de hospitais e a vida dentro de um (como ER, por exemplo) e há quem goste de documentários sobre acidentes e situções estranhas que podem acontecer com qualquer um. O auto-intitulado "docu-reality" E-24 é exatamente a mistura disso, mostra atendimentos de emergência por equipes médicas e paramédicas. A desgraça alheia não é a única coisa que pode ser encontrada neste programa, também é possível ver sangue (muito sangue) e nojeiras em geral que agradam alguns tipos de telespectadores.

Jogo Duro - Globo - Domingos as 23:00



Dá pra definir o programa como uma versão de hardcore de "Topa tudo por dinheiro". Os participantes devem conseguir a grana superando provas que nos deixam aflitos e/ou enojados. Fórmula simples e direta. Diversão garantida.


Infelizmente(?) o Big Brother não está em exibição nesta época do ano, mas podemos nos contantar com sua versão "pé-de-barro" com "A Fazenda" na Record.


Enfim, dá pra perceber que o sucesso de um Reality Show depende do nível de vergonha alheia que ele proporciona. Caso queira se arriscar, repare que nenhum dos horários de exibição é simultâneo, logo dá pra acompanhar todos eles e se divertir a beça com pessoas desconhecidas em situações inusitadas que irão lhe causar sensações muito comuns e fazer dar boas risadas (ou não).

Post levemente inspirado neste aqui do El Bigodon Mardiiito.

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sábado, 27 de junho de 2009

Homenagem de Mauricio de Sousa a Michael Jackson

Desde que você não viva no mundo da lua, sabe que Michael Jackson, o "Rei do Pop", faleceu na última quinta-feira (25). Não posso falar muito sobre o acontecimento, já que apesar de saber da importância que o cantor tinha para o mundo da música e de conhecer sua trajetória, não era fã de seu trabalho, por isso deixo homenagens e comentários para verdadeiros fãs que tem mais autoridade na assunto.

Porém, como o postagem abaixo fala de Mauricio de Sousa, nada melhor que anunciar que o quadrinhista esta preparando uma homenagem ao cantor, os artistas de seu estúdio já estão trabalahndo na história que será publicada na Internet e na edição de setembro da revista da Mônica.

A notícia é dada pelo Jovem Nerd e seguem algumas imagens abaixo:






A história é escrita por Paulo Back e é intitulada "À espera de um astro" protagonizada pelo Penadinho. Mais imagens podem ser conferidas aqui.

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Mauricio de Sousa Parte 1 - Inspiração Paterna




Antes de sabermos como foi o nascimento e a infância de Mauricio de Sousa devemos saber que seu pai era um artista, além de trabalhar em uma barbearia, Antônio Mauricio de Sousa também era escritor, poeta, pintor e trabalhou como radialista nos anos dourados do rádio no Brasil, enfim, só era barbeiro porque sua mãe insistia que ele tivesse "uma profissão de verdade" e pagou para que Antônio aprendesse a cortar cabelos, além de montar um salão para o filho.
A mãe de Mauricio, Petronilha Araújo de Sousa era poetisa e foi graças a seus pais que Mauricio aprendeu a ser artista.

Mauricio nasceu em 27 de Outubro de 1935, em Santa Isabel, no interior de São Paulo. No fim dos anos 30 sua família se mudou para Mogi das Cruzes, onde sua vó Benedita morava e foi com a "Vó Dita" (inspiração para criação da Vó Dita das histórias do Chico Bento) que ele aprendeu a contar histórias, antes mesmo de saber ler, Mauricio adorava as histórias de sua vó. Ele aprendeu a ler aos seis anos de idade e desde então não parou mais.
Mesmo ainda lendo mal, Mauricio procurava histórias e cartas em todos os lugares e foi aí que encontrou nas coisas de seu pai alguns contos eróticos que este publicava, obviamente não entendeu nada do que ali estava escrito, mas seu interesse pela leitura só aumentava.

Na década de 40, Mauricio ainda era pequeno mas já "trabalhava" fazendo alguns bicos para seu pai e foi ai que Mauricio conheceu a música. Além de trabalhar em rádios seu pai sempre se reunia com amigos seresteiros em uma casa funerária perto de sua casa para cantar durante a noite, Mauricio aprendeu a tocar com seu pai e, de acordo com o própio Mauricio, foi devido a esses encontros que ele perdeu o medo de assombrações e cemitérios, o que o levaria muitos anos depois a criar a Turma do Penadinho.




Mesmo com as escolas da época dizendo que os "gibis" eram más influências para crianças, Antônio sempre presenteava o pequeno Mauricio com as publicações de Roberto Marinho como o "Globo Juvenil", por exemplo, além da resvita "O Tico-Tico" e foi nos quadrinhos e balões daquelas publicações que Mauricio enxergava seu futuro, seus heróis de papel o divertiam e influenciavam, foi nesta época que ele conheceu o trabalho de Will Eisner com O "Spirit" (ou "O Espírito"), a quem Mauricio atribui até hoje seus ensinamentos nas HQs.

Mauricio começou a desenhar, fazia caricaturas de professores e as vezes ilustrava os contos de seu pai (não os pornograficos, obviamente), até que começou a desenhar para o jornal "Mogi Esporitvo" onde fazia caricaturas de jogadores e desenhava os símbolos e brasões dos times. Quando Antônio viu que seu filho podia ganhar a vida com os desenhos, logo lhe passou lições importantes, não só de desenho e pintura, mas de negócios, mostrando a seu filho que ele deveria saber cobrar pelos seus serviços.

Mauricio criou seu primeiro personagem no fim dos anos 40, "O Capitão Picolé" surgiu em um "cineminha" que o própio Mauricio improvisou nos fundos de sua casa para entreter as crianças menores. Foi as 19 anos que ele se mudou para São Paulo, onde ajudou seu pai na Rádio Cruzeiro do Sul, uma das mais importantes da época, ao mesmo tempo e que batia na porta de diversos jornais com seus desenhos procurando uma forma de trabalhar como desenhista profissional.

Seus desenhos foram rejeitados na maioria dos jornais em que ele se arriscava, até que em 1954 ele mostrou seus desenhos na redação do jornal "Folha da Manhã", onde também foi rejeitado como desenhista mas obteve a oportunidade de trabalhar como repórter investigativo. Conseguiu uma roupa inspirada em Dick Tracy e comaçou a fazer plantões junto a polícia, o diferencial era que suas reportagens eram feitas em forma de quadrinhos e foi graças a boa aceitação deste tipo de matéria que ele receberia a oportunidade de publicar algumas histórias no suplemento juvenil do Jornal.

Veremos como foi a criação de seus personagens e as mudanças que ele causou no mercado editorial na Parte 2, além de muitas outras curiosodades.


Mauricio caracterizado para o trabalho

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sonic - 18 anos





O ouriço azul, mascote da SEGA e maior corredor dos games completou 18 anos de vida. Seu primeiro jogo foi lançado no dia 23 de Junho de 1991, para a plataforma Mega Drive em uma época que ele ainda era exclusivo dos consoles da SEGA.

Foi apenas por vaolta de 2002, após a declaração de que a SEGA não fabricaria mais consoles e se dedicaria apenas ao games, que Sonic ganhou outros consoles e muitos outros fãs.

É visivel que durante todos esses anos, nosso amigo azul mudou bastante e com inúmeros jogos adquiriu uma galeria invejável de coadjuvantes, vilões, anti-heróis, amigos e um mundo gigantesco que já foi explorado ao menos uma vez por todo gamer que se preze.

Abaixo um vídeo-tributo mais que merecido:



Os últimos jogos do qual Sonic Participou foram o "Sonic Unleashed" e o "Mario and Sonic at the Olympic Games"



Parabéns Sonic e obrigado pelos bons momentos de diversão que nos foram proporcionados durante todos esses anos!

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Besouro: Capoeira no Cinema




Estréia no dia 30 de Outubro nos cinemas o filme "Besouro" contando a história "real" do capoerista Manuel Henrique (1897-1924) conhecido como Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro. O filme tem direção de João Daniel Tikhomiroffe e conta com as coreografias de Ku Huen Chiu, responsável pelas cenas de luta do filme "O Tigre e o Dragão".

Veja o trailer abaixo e a notícia original aqui.




O filme não pode ser considerado como baseado em fatos reais, pois a vida de Besouro sempre foi envolta em mistérios, para entender melhor, vamos a uma curta aula de história.

Manuel Henrique nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia por volta de 1897 (não existe certeza) e desde pequeno treinava Capoeira com o Mestre Alípio, bastante conhecido na região. Como nunca apredeu a ler ou escrever, vivia trabalhando para os grandes fazendeiros, sem nunca ter um emprego fixo.
Ficou conhecido em sua área como um Justiceiro que sempre defendia os pobres e os negros "semi-escravos" da região dos inescrupulosos fazendeiros e da corrupta policia local.

Devido a sua fama de Vingador e por ser adepto do Camdoblé, muitas lendas surgiram em torno de Besouro, como a de que ele tinha o corpo fechado e nenhuma faca ou bala podia atravessá-lo, também diziam que ele podia voar e que tinha o poder de "desaparecer no ar". Ficou muito conhecido quando se espalhou o boato de que ele teria sido fuzilado em praça pública e, mesmo assim, continuado vivo.

Não existe certeza da forma como morreu Besouro Mangangá, mas sabe-se que morreu jovem, em 1924 com aproximadamente 27 anos. A história mais aceita de sua morte está no conto abaixo:

"Um dia Besouro foi chamado por seu patrão e instruido a levar uma carta para o proprietário da Usina Maracangalha, como não sabia ler, ele a levou como pedido sem saber que a carta tratava de um plano para matá-lo e acabar com os problemas de rebeldia dos trabalhadores que ele criará. O fazendeiro que recebeu a carta pediu que Besouro aguardasse um dia para que pudesse levar a resposta. Preparou uma faca de tucum (madeira) com a ponta envenenada e apunhalou o Capoeirista pelas costas, durante a manhã quando este foi buscar a resposta."

Esta é apenas uma das grandes histórias e lendas que este Brasil esconde e que merecem as telas do cinema e muito mais, merecem ser conhecidas.

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domingo, 21 de junho de 2009

Eisner Proibidão





Depois do "Caso dez na área", que ocorreu em São Paulo em Maio e que foi discutido aqui no Radioativo, outros casos parecidos vem ocorrendo em todo Brasil.

O Jornal "Correio do Povo" de Porto Alegre anunciou que a Secretária de Educação do Rio Grande do Sul recolheu das escolas três álbuns de Will Eisner. Os livros "Um contrato com Deus e outras histórias de cortiço", "O Nome do Jogo" e "O Sonhador".

A alegação é de que os três livros contém cenas de sexo e violência e mesmo tendo sido escolhido pelo PNBE e indicado para alunos do ensino médio, a Secretaria estadual afirma que o conteúdo é inadequado para os alunos.

Dizer aqui que a "acusação" é infundada seria óbvio vindo de um fã declarado do grande mestre e revolucionário das Histórias em Quadrinhos, mas o que estamos vendo acontecer por todo o país é uma correria dos governos estaduais em "mostrar serviço", afinal mesmo o Caso do álbum "Dez na área, Um na banheira e Ninguém no Gol" tendo ocorrido em São Paulo, ele repercutiu em todo o país e de repente, as secretárias estaduais de educação, parecem ter começado a se preocupar com os álbums em quadrinhos que estão a disposição em bibliotecas públicas.

A intenção aqui não é dizer que tais orgãos governamentais não fazem seu trabalho da forma que deveriam, pois isto seria exagerar demais e estamos avaliando apenas uma parte do trabalho que é realizado por eles, mas é vísivel o fato de que tais orgãos estão sendo parcialmente hipócritas.

Um aluno de Ensino Médio tem como leitura obrigatória (particularmente recomendada por este que escreve) de livros como "Dom Casmurro" de Machado de Assis e "Primo Basílio" de Eça de Queirós e com estes livros tem contato com histórias que tratam de muitos temas, entre eles o sexo e a violência.



Longe de mim querer comparar grandes obras da literatura nacional com "simples gibis", mas a avaliação do conteúdo dos álbuns de Eisner foi feita inegávelmente de maneira errada ou, no mínimo, parcialmente errada.

Os albúns em questão tratam do cotidiano de pessoas e de histórias que o própio Eisner viu e ouviu (ou mesmo viveu no caso de "O Sonhador") e que são contadas de forma a mostrar o que o ser humano tem de melhor e pior. Nos tempos em que vivemos, os contos de Will Eisner são importantes e devem ser estudados, seja por adolescentes ou adultos.

Por isso acredito no erro do Governo do RS em proibir tais edições no acervo das escolas públicas.

Esta decisão deve ser avaliada melhor daqui pra frente, no intuito de realmente melhorar a educação dos alunos e não de privá-los de obras que não só são revolucionárias e importantes em seu meio, como transcendem tal fato e podem ensinar lições que não se encontram em nenhum livro didático.

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Invasão Secreta - Dominados




Continuamos nossa analíse sobre o maior evento do ano no Universo Marvel.

Primeiramente, devemos lembrar onde paramos na edição 2.
Os dois grupos de Vingadores estão perdidos na Terra Selvagem, acompanhados de versões "antigas" deles mesmos insistindo em dizer que não são Skrulls disfarçados, mas sim os verdadeiros heróis. Ainda na Terra Selvagem, a Mulher-Aranha tenta ludibriar o empenhado Tony Stark, fazendo-o crer que a culpa desta invasão é dele e que ele não passa de um Skrull treinado para se tornar o "líder" dos humanos, tarefa executada com sucesso.

Estes dilemas mostram o quanto Brian M. Bendis e os editores da Marvel planejaram este evento desde que Bendis iniciou seus trabalhos no Universo Marvel. Tudo o que aconteceu no Dia M e durante a Guerra Civil foi feito no intuito de mudar, aos poucos, a personalidade e até fisionomia de certos personagens, os acontecimentos atuais são tão sufocantes para os heróis quanto para o leitor que acompanha o Universo Marvel nos últimos anos.

Em outro ponto do planeta, os Skrulls deixam de lado o planejamento e a sutilidade e atacam um dos maiores centros urbanos do mundo sem cerimônias!
Talvez eles já contassem com a resistência dos Jovens Vinagdores e da Inicitiva (que tinha um Skrull entre seus líderes), tanto que estes não se mostraram tão eficientes quanto deveriam. Um personagem importante é morto neste combate e fará falta no contra-ataque humano, que virá em breve. No meio desta literal invasão alienigena, o desaparecido Nick Fury faz sua entrada dramática, acompanhado de seus "Comandos" e pronto pra enfrentar os verdinhos.

Na arte, depois de duas edições medianas, devemos dizer que Lenil Yu melhorou muito mesmo, com um traço tão bom pra desenhar personagens quanto o cenário. De um desenhista totalmente substituível, ele passa a se mostrar um verdadeiro colaborador com uma diagramação e uma narrativa gráfica digna de nota.

O problema desta edição é mesmo do qual acabam sofrendo todas essas mega-sagas criadas pelas grandes editoras de quadrinhos: A dependência dos famosos "tie-ins".



Quem não acompanha as revistas de linha "Os Novos Vingadores" e "Avante Vingadores", não sabe que a Mulher-Aranha que tenta enganar o Homem-de-Ferro é comprovadamente uma Skrull, a rainha Skrull!
Este mesmo leitor, menos ainda sabe sobre a volta de Fury e não sabe como ou porque ele reuniu seus "Comandos". Infelizmente sagas deste tipo dificilmente conseguem se manter por si só, mas esta em especial, estava obtendo êxito em quebrar certos clichês das mega-sagas. Uma pena!

Acompanhando a história principal temos mais duas pequenas histórias. Um conto com o Fera e o Magnum se reencontrando e tendo de enfrentar alguns monstros da Terra Selvagem, sem objetivo ou próposito, pode interessar quem tem saudades de histórias mais simples e com aventuras descompromissadas.

O segundo conto é sobre os "Agentes da Atlas", personagens que tiveram pouca ou nenhuma história publicada no Brasil. A história é interessante e agrega duas coisas a saga. Aqui ficamos sabendo que a Invasão "física" aconteceu por todo o mundo. Estas invasões somadas ao "poder" que os Skrulls podem ter adquirido durante os anos que planejaram este ataque, mostram que os humanos estão definitivamente sob o poder dos queixos quadrados.

Infelizmente, temos aqui uma bola fora da Panini, que poderia e deveria ter publicado ao menos um resumo para o leitor mais desavisado saber quem são os "Agentes da Atlas".

No fim das contas, a edição está boa e a saga continua com tudo, mesmo com pouca ação. Poderia ser melhor se deixasse a partir daqui de se basear em "tie-ins" e ser mais auto-sulficiente, mas não podemos julgar antes de ver o que os autores estão nos preparando.



Nas bancas:

Invasão Secreta 3 (mini-série em 8 partes, formato americano, 60 páginas, R$ 6,50) - Os Skrulls dominaram a terra, o que podem fazer os humanos para defender seu planeta sem poder confiar em seus maiores heróis? Roteiro de Brian Michael Bendis e arte de Lenil Francis Yu.

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vampiros de verdade - Diretamente da Coréia

Já falamos aqui um pouco sobre Chan-wook Park, coreano diretor de Old Boy, filme que compõe a clássica e cult "Trilogia da Vingança", juntamente com "Lady Vingança" e "Mr. Vingança".

A trilogia é excelente, mas somente Old Boy já é sulficiente pra perceber que Park não tem um estilo comum de fazer cinema, seja porque seus personagens são humanos ao extremo ou porque ele trata de temas complexas de forma simples, agonizante e simples.

Seja qual for o motivo, seu estilo é reconhecivel e agora ele vai atacar no filão que está na moda: Vampiros.

Obviamente a "Geração Crepúsculo" pode não gostar muito da maneira como Chan-wook Park vê os vampiros, mas pra quem gosta de vampiros a moda antiga, seu filme é um prato cheio e com certeza tratará os vampiros como eles merecem ser tratados no cinema.

Abaixo um trailer (para maiores de 18):



"Thirst" conta a trajetória de Sang-hoon, um padre que se submete a uma experiência médica e é dado como morto após uma transfusão sanguínea, porém volta a vida como um vampiro.

A Sinopse é curta e simples, mas aplicado o estilo Park, tudo se torna denso e controverso!

Vamos aguadar!

Fonte: Jovem Nerd

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

As turmas de Mauricio: A "Turma da Mônica"


Alguns podem não saber, mas Mauricio de Sousa não criou apenas a Turma da Mônica. Nas Hqs destes personagens são publicadas muitas outras histórias que não se passam no mesmo "universo", este especial intitulado "As turmas de Mauricio" procura listar e analisar cada uma dessas turmas.

Apesar de não ser a única Turma criada pelo autor, com certeza é a a mais famosa, por isso começaremos por ela: "A Turma da Mônica"

Os personagens que compõem esta turma não precisam nem ser listados, mesmo que você não seja uma das pessoas que aprendeu a ler com a Turma que vive no bairro do Limoeiro, você com certeza conhece a Própia Mônica, seu arquinimigo Cebolinha, sua amiga Magali, o porquinho do Cascão, além de muitos personagens secundários, como Nimbus, Do Contra, Marina, Franjinha e Anjinho só pra citar os que primeiro vem a memória e sem contar os animais de estimação da Turminha.

Apesar de ser a Turma de maior sucesso, não a muito o que falar sobre ela.
A vertente explorada aqui é o humor em sua forma mais pura e simplista.De certa forma todas as turmas e personagens criados por Maurício exploram o humor, mas sempre de uma forma diferente. Com a Turma da Mônica a intenção é fazer histórias em quadrinhas para crianças, com um humor que elas possam entender, porém sem menosprezar a inteligências dos pequenos.

Foi a primiera Turma Criada por Mauricio, quando ele ainda publicava suas tiras na "Folha da Manhã", apesar de ter seu nome em destaque, a Mônica não foi a primeira personagem desta turma. O primeiro personagem foi o Franjinha com seu cão Bidu, com Cebolinha surgindo logo em seguida (nesse meio tempo nasceram Horácio e Piteco, mas isto fica pras próximas Turmas), a Mônica só surgiu em 1963, quase 4 anos depois que Mauricio iniciou sua carreira de quadrinhista.

Mas logo na tira de estreia, a Dentuça conquistou os leitores e não demorou para que a "Turma do Cebolinha" se tornasse definitivamente a "Turma da Mônica".

Talvez seja por causa destes personagens que Mauricio criou outras "turmas", para explorar outras formas de humor e consequentemente, outras pessoas, além das crianças.

A Turma da Mônica já ganhou mais de um Longa-metragem de animação no Cinema, e chegou a bater recordes de audiência nos cinemas brasileiros, o que mostra o tamanho do poder que estes personagens alcaçaram.

Para Conhecer melhor: (Algumas dicas pra conhecer melhor a Turma da Mônica)

Talvez esta lista não interesse aos leitores mais velhos que não são nostálgicos, mas é direcionada a todas que querem se aventurar por boas histórias com um humor leve e sem compromisso, humor esse, tão necessário no mundo de hoje quanto o humor critico e pesado que vemos por aí todos os dias.

- As tiras clássicas da Turma da Mônica Vol.1; Panini Comics; Edição Especial-R$19,80.
- Almanaque da Turma da Mônica; Panini Comics; Revista Bimestral-R$3,90
- Almanaque do Cebolinha; Panini Comics; Revista Bimestral-R$3,90

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sábado, 13 de junho de 2009

Mensagens Criptografadas


Com certeza você já ouviu falar em Dan Brown, certo? Mesmo que a resposta seja negativa, provavelmente já ouviu falar sobre o livro "O Código DaVinci" e/ou a polêmica causada em torno dele. Assim como "O Código DaVinci", outro livro de Dan Brown acabou de ganhar uma adaptação para as telonas, "Anjos e Demônios". Mas o assunto nem é um, nem outro, apesar de serem esses respectivamentes seus maiores sucessos, se engana quem acha que Dan Brown sempre esteve ligado a conspirações em torno da Igreja Cristã Católica, falo do livro "Fortaleza Digital", o primeiro romance do autor, lançado em 1998.



No livro, a NSA(Agência de Segurança Nacional dos EUA) constroe um super computador, capaz de descriptografar qualquer código, para ter acesso a todos os emails mandados na grande rede, sendo para evitar ataques terroristas, ou até mesmo desarmar facções mafiosas. Enquanto o livro se aprofunda em um maravilhoso mundo de curiosidades(reais, obtidas por fontes anônimas dentro da própria NSA) e de códigos e criptografia(Que fazem qualquer nerd pirar(no sentido positivo(se é que há algum sentido positivo))), uma nova "arma" contra esse super computador é criada, a chamada "Fortaleza Digital", um código inquebrável, a partir daí entramos em um mundo alucinante de conspirações e perseguições de tirar o fôlego.

O grande ponto da narrativa de Dan Brown é justamente a forma de escrita, que conduz muito bem a história de conspirações e emoções, é difícil não se supreender com cada capítulo, com cada reviravolta, e mais difícil ainda não perder o fôlego em perseguições alucinantes.

Claro que nada são rosas, como primeiro livro do autor, o livro acaba pecando um pouco nos clichês, alguns típicos dos cenários blockbusters hollywoodianos, com algumas sacadas óbvias e conduzidas de forma muito superficial. Porém nada disso estraga a leitura, mesmo com alguns clichês, a história se torna complexa, inesperada e totalmente conflitante muitas vezes, o que torna as reviravoltas cada vez mais impactantes, uma leitura feroz do começo ao fim.

Recomendado!

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Especial Mauricio de Sousa - Biografia e MSP 50

Duas notas rápidas sobre os 50 anos de carreira do quadrinhista Mauricio de Sousa.

Primeiramente, foi anunciado que a Editora Panini vai lançar em Setembro, na Bienal do Livro, o especial MSP 50 contendo a visão de 50 quadrinhistas sobre os perosnagens de Mauricio.
Nomes de muito peso estão entre os autores da histórias como Ziraldo, Spacca, Gabriel Bá, Fábio Moon e muitos outros, a lista completa com todos os 50 artistas que participam do projeto ainda não foi divulgada.

MSP 50 siginifica Mauricio de Sousa por 50 Artistas e ainda não foram divulgados número de páginas ou preço. Entretanto, Fábio Yabu (criador dos "Combo Rangers" e da animação "Princesas do Mar") e Jean Okada (dos "Exploradores do Desconhecido" e das tiras de "Desvio") divulgaram em seus blogs alguns desenhos preliminares.





Yabu mostrou um desenho do Cebolinha 50 anos no futuro, onde ele será um ambicioso vilão. Uma história cheia de robôs, conspirações e porradaria(de acordo com o própio autor).









Jean Okada não divulgou muitos detalhes, apenas uma imagem do Astronauta e outra do Piteco. Segue abaixo:






Também já foi dito que Fernando Gonsales (criador de "Niquel Náusea") escreverá uma história do Bidu.


Paralelamente a este anúncio, o canal Biography Channel anunciou que exibirá do dia 18 de Julho o programa intitulado "Biography: Mauricio de Sousa" . O programa conta com depoimentos de Pelé (que virou personagem nas mãos de Mauricio), Ivete Sangalo, Jim Davis (criador de Garfield) e Mort Walker (criador do Recruta Zero), os dois últimos amigos pessoais do autor. O documentário esta sendo produzido desde 2005.

Por enquanto é só, mas aguardem novidades!

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

O futuro (definitivo) dos Games


Quem acompanha o Radioativo sabe que games e tecnologia não são o nosso forte, apesar de algumas postagens e análises, este tema só é analisado quando algo realmente importante surge!

Na semana passada teve ínicio a E3 - Eletronic Entertainmente Expo, maior feira de games e entretenimento eletrônico do mundo, em Los Angeles, EUA.
Existem inúmeros sites e blogs fazendo uma ampla cobertura do evento (recomendo o E-Zone e o Continue.com), logo, torna-se desnecessário fazer um apanhado das notícias e novidades que foram divulgadas por lá.

Porém, é inevitável destacar o esforço das maiores companhias de games em "acompanhar" o sucesso do Wii, console da Nintendo que revolucionou a jogabilidade quando foi lançado.

A Sony anunciou seu sensor de movimentos, muito parecido com o Wii, apesar das mudanças, mas o que mais surpreendeu a mídia e o público foi o "Project Natal" da Microsoft.

O ambicioso projeto é composto por duas cameras e sensores de movimento que captam movimentos dos "jogadores"(se é que eles ainda podem ser chamados assim) sem a ajuda de nenhum periférico e não é só, ele ainda capta e reconhece voz, objetos e feições!!

Os vídeos de divulgação surpreendem até aqueles que já estão acostumados com a "ex-revolucionária" jogabilidade do Wii, confira um vídeo abaixo:



E isso é só o começo, o melhor dos vídeos você confere abaixo, mostrando que o projeto não inclui apenas games, mas uma verdadeira central de entretenimento familiar:



Enfim, estamos, definitivamente, diante de uma revolução no entretenimento digital. O Project Natal ainda não seré lançado, mas já mostra a que veio e até assuta os mais desavisados.

Mesmo depois do sucesso do Wii e das investidas (grandes investidas, diga-se de passagem) da Sony, a Microsoft soltou esta bomba "no colo" dos visitantes da E3. Agora é esperar pela revolução, ansiosamente!

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Arte com Latinhas de Coca-Cola

Nos tempos modernos, um dos temas que esta em maior evidência é a reciclagem. Existem infinitas maneiras de se reciclar, mas já é de prxe ver algumas obras artísticas construidas com material reutilizado.

Veja algumas fotos abaixo, demonstrando o que se pode fazer apenas com latas de coca-cola usadas, as imagens dizem muito mais que as palavras:

















Você pode ver muitas outras esculturas neste site, desde uma maça, até um touro contruídos inteiramente com latinhas de coca!

Via Uêba!

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sábado, 6 de junho de 2009

Especial Mauricio de Sousa


Mauricio de Sousa é com toda crteza o quadrinista brasileiro mais bem sucedido no país.

O criador da Turma da Mônica conseguiu viver dessa profissão e ficou famoso escrevendo quadrinhos, atividade que não é muito reconhecida no Brasil. Muitos podem afirmar que seu sucesso vem dos produtos licenciados (que vão de lancheiras a parque de diversões) e das animações, mas sua paixão e toda sua carreira foi calcada nos quadrinhos.

Sua primeira tira "oficial" foi publicada no dia 18 de Julho de 1959 no jornal "A Folha de São Paulo", logo ele completa em 2009, 50 anos de carreira. Em sua homenagem, o Radioativo preparou um especial que será publicado aqui no blog ao longo dos meses de Junho e Julho.

O especial inclui um Dossiê Mauricio de Sousa (como já é costume por aqui), bibliografia obrigátória, destaques em outras mídias, personagens mais conhecidos, personagens menos conhecidos, além de muitas outras coisas.

Aproveite!

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Invasão Secreta - Skrulls em ação


A maior saga do ano, no Universo Marvel, continua com tudo em sua segunda edição!

Finalmente o plano dos Skrulls é posto em prática e, aparentemente, nada pode impedi-los. Graças ao dinâmico roteiro de Bendis, tudo acontece muito rápido nesta segunda edição.

Logo de início podemos ver que a nave Skrull que caiu na Terra Selvagem tinha o único propósito de chamar a atenção dos Vingadores. Enquanto os maiores heróis da terra se ocupavam em lutar com suas possíveis duplicatas, um vírus alienígena atingiu toda a tecnologia da StarkTec, incluindo o aeroporta-aviões da SHIELD e a armadura do Homem de Ferro.
Com os Vingadores e a SHIELD desestabilizados, uma Skrull toma a forma da Mulher-Invisível e abre uma fenda extra-dimensional, que suga o Edifício Baxter e o Quarteto Fantástico para Zona Negativa, ao mesmo tempo em que Naves do exército Skrull chegam a Terra, com uma tripulação formada por Super-Skrulls.
Neste ínterim, os únicos super-heróis que podem ajudar são os inexperientes Jovens Vingadores, que estão tão perplexos com a invasão quanto qualquer morador de Nova York que presencia o acontecimento. Parece que tudo está perdido.

Na Terra Selvagem, os dois grupos de Vingadores traçam planos e rotas de fuga, mesmo enfrentando uma batalha contra "inimigos" que talvez não sejam Skrulls, lado a lado com “amigos” que podem não ser as pessoas que dizem ser, uma verdadeira batalha as escuras.

Com sua Armadura inutilizada, Tony Stark parte em busca de um laboratório abandonado para que ele possa se recompor e planejar o que fazer na seqüência.

O que podemos afirmar é que o império Skrull finalmente conseguiu invadir o planeta Terra e que os heróis, registrados ou não, vão ter que saber em quem confiar e assim unir forças para lutar contra um inimigo que já está aqui a um bom tempo, mas só agora começou a atacar.


A arte continua a cargo de Lenil Yu, que melhorou bastante em relação à primeira edição, apesar de ainda desenhar os rostos dos personagens de forma estranha.

Além da história principal, três pequenos contos completam a edição com algumas explicações e pequenas histórias secundárias, como a da Agente Brand, da organização E.S.P.A.D.A, e do Kree Marvel Boy, o novo mestre da penitenciária conhecida como “O Cubo”.

Tecnicamente, a edição esta mais fraca que a anterior, pois apesar das reviravoltas na trama e do roteiro rápido, a história pouco se desenvolveu.
Desde seu anúncio, Invasão Secreta prometeu coisas interessantes e , até aqui, está cumprindo seu papel.




Nas bancas:

Invasão Secreta 2 (mini-série em 8 partes, formato americano, 60 páginas, R$ 7,00) - Os Skrulls finalmente põem seus planos em ação. O que será do planeta Terra? Roteiro de Brian M. Bendis e arte de Lenil Francis Yu.

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Malvados - Humor para iniciados

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A tira que você vê acima é escrita por André Dahmer, cujo os personagens mais famosos são justamento "Os Malvados".

Dahmer é um roteirista de mão cheia, com desenhos simples, porém expressivos, mas o que mais impressiona em seu trabalho é o humor ácido, humor negro de primeira linha. Dahmer não tem dó de blogueiros, cristãos, políticos, mulheres, de drogados, de alcoolatras, não tem dó da sociedade, dos ricos , dos pobres e não tem dó nem de si própio.


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O objetivo do autor parece ser bater na cara do leitor, mostrar a ele a realidade e fazê-lo rir dissto tudo, rir da situação pobre em que este mundo vive, rir das pequenas coisas que sofremos todo dia. Dahmer faz seu trabalho com qualidade, é impossível ler uma de suas tiras sem sentir um leve remorso por rir se sua própia situação, ou da desgraça alheia, ou do mundo que nos rodeia.

Crítica de primeira, humor de primeira, histórias de primeira. Se você curte quadrinhos, com certeza vai gostar, mas mesmo se não for sua praia, vale a pena uma visita. Tente não rir de si mesmo!

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As tiras são publicadas diariamente no site dos Malvados (que não são os únicos personagens de Dahmer, e sim os mais famosos) e o autor já publicou dois livros pela Editora Desiderata.
"O livro Negro de André Dahmer" e "Os Malvados".

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Contrastes


Existem algumas Histórias em Quadrinhos que conseguem o status de obra de arte, levando em conta que as HQs são uma forma de arte e não apenas de entretenimento, são muitas, mas uma ou outra ainda consgue se destacar. É o caso de Contrastes.

Giancarlo Berardi e Ivo Milazzo são muito conhecidos dos fãs de Fumetti, são os criadores de Ken Parker, mas os dois tem outras interessantes obras que são deveras desconhecidas, mesmo do publico que acompanha a produção dos dois. Constrastes é uma delas.

Constrastes prova que eles são dois dos autores mais versáteis de que se tem notícia, Berardi prova que histórias sem falas são perfeitamente possíveis e aceitáveis e quando são inceridos diálogos, o faz com a destreza de um mestre, enquanto Milazzo mostra como um mesmo traço, pode variar infinitamente. Constrastes mostra logo em sua capa que as histórias ali contidas, são totalmente diferentes entre si, pequenas pérolas que juntas formam uma grande jóia.

Vamos por partes:

- O Hino: Conto que mostra que mesmo as maiores histórias precisam de alguém para contá-las, o que é óbvio, mas poucos tem sensibilidade para perceber. Ultilizando dois dos maiores personagens do cinema, Berardi faz sua versão de um filme do "Gordo e Magro". Milazzo com um traço realista e aquarelado, faz o leitor mergulhar na história, de forma impecável.

- A Conquista do México: História sem diálogos que conta muita história, a "descoberta" da América resumida em poucas páginas. Milazzo com um traço tão realista quanto o da primeira história, porém mais forte e pesado. É nesta história que sua narrativa visual se destaca.

- As sombras chinesas: A história mais densa do álbum, tanto em roteiro quanto em arte. A compreenssão da história não é fácil, mas quando se entende, percebe-se a genialidade dos autores.

- Superfly: Um tom nostálgico, um humor pastelão, que lembra os desenhos animados. Nostálgia e humor também estavam presentes em "O Hino", e é por isso que se percebe como um mesmo estilo pode assumir diferentes constrastes. Milazzo também assume um traço desconexo com o restante do álbum, psicodélico em certos quadros, belo em todos os momentos.

- Triiiim: Não tem título, não tem ínicio e , deliciosamente, não tem fim. Uma HQ que transcende o modo de se fazer uma HQ. Mais uma vez Berardi se abstém dos diálogos, deixando espaço para a excelente narrativa gráfica de Milazzo, que faz o leitor se tornar um Voyeur, assim como o própio Milazzo se torna um. Linda!

Enfim, as histórias são curtas, vinte minutos de leitura que ficaram marcados em sua mente durante um bom tempo. Um eterno convite a releitura.
Se existe um porém na edição brasileira, é o prefácio que se adequaria melhor se fosse um pósfacio, mas nada disso pode tirar o brilho de Contrastes.

Essa edição foi lançado em 2003 pela Opera Graphica, mas pode ser encontrada com certa facilidade em comic shops e livrarias.

Contrastes - Editora Opera Graphica - 2003 - R$ 21,00

PS: Agradecimento especial ao Capitão Brasil, que me recomendou este álbum.

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