Continuamos nossa analíse sobre o maior evento do ano no Universo Marvel.
Primeiramente, devemos lembrar onde paramos na edição 2.
Os dois grupos de Vingadores estão perdidos na Terra Selvagem, acompanhados de versões "antigas" deles mesmos insistindo em dizer que não são Skrulls disfarçados, mas sim os verdadeiros heróis. Ainda na Terra Selvagem, a Mulher-Aranha tenta ludibriar o empenhado Tony Stark, fazendo-o crer que a culpa desta invasão é dele e que ele não passa de um Skrull treinado para se tornar o "líder" dos humanos, tarefa executada com sucesso.
Estes dilemas mostram o quanto Brian M. Bendis e os editores da Marvel planejaram este evento desde que Bendis iniciou seus trabalhos no Universo Marvel. Tudo o que aconteceu no Dia M e durante a Guerra Civil foi feito no intuito de mudar, aos poucos, a personalidade e até fisionomia de certos personagens, os acontecimentos atuais são tão sufocantes para os heróis quanto para o leitor que acompanha o Universo Marvel nos últimos anos.
Em outro ponto do planeta, os Skrulls deixam de lado o planejamento e a sutilidade e atacam um dos maiores centros urbanos do mundo sem cerimônias!
Talvez eles já contassem com a resistência dos Jovens Vinagdores e da Inicitiva (que tinha um Skrull entre seus líderes), tanto que estes não se mostraram tão eficientes quanto deveriam. Um personagem importante é morto neste combate e fará falta no contra-ataque humano, que virá em breve. No meio desta literal invasão alienigena, o desaparecido Nick Fury faz sua entrada dramática, acompanhado de seus "Comandos" e pronto pra enfrentar os verdinhos.
Na arte, depois de duas edições medianas, devemos dizer que Lenil Yu melhorou muito mesmo, com um traço tão bom pra desenhar personagens quanto o cenário. De um desenhista totalmente substituível, ele passa a se mostrar um verdadeiro colaborador com uma diagramação e uma narrativa gráfica digna de nota.
O problema desta edição é mesmo do qual acabam sofrendo todas essas mega-sagas criadas pelas grandes editoras de quadrinhos: A dependência dos famosos "tie-ins".
Quem não acompanha as revistas de linha "Os Novos Vingadores" e "Avante Vingadores", não sabe que a Mulher-Aranha que tenta enganar o Homem-de-Ferro é comprovadamente uma Skrull, a rainha Skrull!
Este mesmo leitor, menos ainda sabe sobre a volta de Fury e não sabe como ou porque ele reuniu seus "Comandos". Infelizmente sagas deste tipo dificilmente conseguem se manter por si só, mas esta em especial, estava obtendo êxito em quebrar certos clichês das mega-sagas. Uma pena!
Acompanhando a história principal temos mais duas pequenas histórias. Um conto com o Fera e o Magnum se reencontrando e tendo de enfrentar alguns monstros da Terra Selvagem, sem objetivo ou próposito, pode interessar quem tem saudades de histórias mais simples e com aventuras descompromissadas.
O segundo conto é sobre os "Agentes da Atlas", personagens que tiveram pouca ou nenhuma história publicada no Brasil. A história é interessante e agrega duas coisas a saga. Aqui ficamos sabendo que a Invasão "física" aconteceu por todo o mundo. Estas invasões somadas ao "poder" que os Skrulls podem ter adquirido durante os anos que planejaram este ataque, mostram que os humanos estão definitivamente sob o poder dos queixos quadrados.
Infelizmente, temos aqui uma bola fora da Panini, que poderia e deveria ter publicado ao menos um resumo para o leitor mais desavisado saber quem são os "Agentes da Atlas".
No fim das contas, a edição está boa e a saga continua com tudo, mesmo com pouca ação. Poderia ser melhor se deixasse a partir daqui de se basear em "tie-ins" e ser mais auto-sulficiente, mas não podemos julgar antes de ver o que os autores estão nos preparando.
Nas bancas:
Invasão Secreta 3 (mini-série em 8 partes, formato americano, 60 páginas, R$ 6,50) - Os Skrulls dominaram a terra, o que podem fazer os humanos para defender seu planeta sem poder confiar em seus maiores heróis? Roteiro de Brian Michael Bendis e arte de Lenil Francis Yu.
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