terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Alan Moore Parte 2 - Uma História




"Frank Miller salvou os super-heróis em O Cavaleiro das Trevas... e eu os matei em Watchmen." (Alan Moore)


Em 1982 e 1983, Alan Moore ganhou o prêmio Eagle Awards de melhor roteiristas por seus trabalhos, principalmente aqueles que ele realizou na revista Warrior. São eles:

- V de Vingança, onde o autor mostra uma futurista Inglaterra, vivendo sob um regime totalitario, onde um visionário de codinome "V" inicia uma rebelião poética e ideológica contra tal governo. A série mais politizada de Moore, que a escrevu quando a Inglaterra estava sob "ameaça" de um regime fascista.

- Marvelman, uma longa história de um plágio que deu certo! As complicações juridicas por quais passam a série são mais complexas que as histórias (já complexas) que o autor realizou com o personagem. Em Marvelman, Alan moore não só explorou um personagem, mas, pela primeira, vez, o gênero dos Super-Heróis como um todo.





- The Bojeffrie's Saga, série pouca conhecida que mostra as aventuras e desventuras de uma família de montros, uma história basicamente de humor, mas que flerta com o Terror em diversos momentos.






Com a falência da Warrior, as séries ficaram incompletas, mas com sua fama cada vez maior, Moore chamou a atenção do mercado Norte-americano de HQs e no final de 1983 foi convidado por Lein Wein, editor da DC Comics, para excrever as histórias do, quase cancelado, Montro do Pântano ao lado dos desenhistas Steve Bissete e John Totleben.

Sob o comando de Alan Moore, a revista Swamp Thing, passou das 17.000 cópias mensais, para mais de 100.000 cópias. Foram as histórias com o Montro do pântano que o definiram como um dos grandes roteiristas das HQs.




Nas histórias do Montro do Pântano, mais uma vez, Moore desconstruiu o personagem para mólda-lo a sua maneira, transformando o personagem em um monstro de Musgo com conciência, uma planta elemental. Foram nestas edições que Moore explorou o Terror nas HQs, situações e temas polêmicos, sexo e violência, foram as histórias de Moore com este personagem que culminaram na criação do selo adulto Vertigo e na famigerada "Invasão Britânica" nas HQs. Nesta história Moore criou o personagem John Constantine, que futuramente ganhou revista própia.

No mesmo período que Moore escreveu as Histórias do Montro do Pântano, também serviu como "tapa-buraco" em diversas histórias da DC, com personagens como Arqueiro Verde, Vigilante e Lanterna Verde, entre outros. Apesar de serem contos menores, Moore mostrou sua genialidade em praticamente tudo que escreveu, principalmente nas duas histórias que escreveu para seu personagem favorito, O Superman.

Como já tinha mostrado que era capaz de escrever grandes histórias, mesmo contidas em pequenos contos, Moore ganhou uma liberdade criativa para trabalhar com o Superman e escreveu dois clássicos:
"Para o homem que tem tudo" e "O que aconteceu com o Homem de Aço?" são tidas até hoje como as melhores histórias do Homem de Aço em anos, sendo esta última o "fim" do Superman , antes da reformulação pela qual o passou o personagem. Depois disso Moore escreveu, em 1985, "A Piada Mortal" história do Batman, focada na origem do Coringa e em sua relação com o Homem-Morcego e com sua própia loucura, porém esta história ficou nas mãos do desenhista Brian Bolland até 1988, quando foi lançada.

No período em que Bolland desenhava "A Piada Mortal", Moore teve a oportunidade, mais precisamente em 1986, de escrever uma série de sua criação, "Watchmen" acompanhado do desenhista Dave Gibbons.
Moore queria revitalizar os antigos personagens da Charlton Comics, mas por fim acabou criando um novo universo, que apesar de abrigar Super-Heróis, é extremamente parecido com o nosso.

Foi esta maxisérie em 12 edições que elevaram Moore ao patamar que ocupa até hoje, de revolucionário e de , ao lado de Frank Miller, reestruturador das HQs de Super-Heróis. Watchmen foi o que elevou Moore ao patamar mais alto que um desconhecido autor britânico poderia sonhar em chegar, mal sabia ele que também seria o ínicio de sua primeira queda, mas isto veremos depois.



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3 comentários:

Paraíba disse...

Moore é bom, mas não é nem de longe essa coca-cola toda que os nerds babam.

É o Cristhopher Nolan das HQs.

Anônimo disse...

=)

Doutor Radioativo disse...

Não concordo totalmente com você Brasil...tendo em vista que PRA MIM, Alan é sim, um gênio das Hqs...

Superestimado ele também é, devo asumir, ja escreveu porcarias sem tamanho (não perca a parte 3:P), mas continua tendo um saldo positivo, com histórias e sagas Geniais.

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PRAMIM:

Hugo Pratt>Alan Moore

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