Estreou no último dia 30 nos cinemas o falso documentário "Filmefobia" do diretor Kiko Goifman, que venceu o festival de cinema de Brasília e causou polêmica.
O filme causa polêmica por tratar de um tema bizarro: fobias. O filme conta a história de um documentarista (interpretado por Jean-Claude Bernardet) que propõe a algumas pessoas, entrarem numa casa e ficarem expostas as suas fobias sem chance de se desviar. O intuito do documentarista é provar que a única imagem verdadeira é a de um fóbico diante de seu medo.
A partir daí, cenas chocantes de pessoas expostas a seus maiores medos tornam-se constantes do filme. O experimentalismo não está só na maneira de filmar ou na história bizarra do filme, está em todo o projeto.
Pra começar, nem todas as personagens no filme são atores, alguns são pessoas "normais" que tem alguma fobia estranha e aceitaram participar do projeto, isto faz com que o telespectador não saiba quem esta atuando ou não durante o filme, tornando o falso documentário, em um documentário real, tudo dependendo do momento. Além disso nenhuma cena foi ensaiada, todas foram filmadas em uma única vez.
No limites da metalinguagem, o própio diretor, Kiko Goifman, que tem medo de sangue, se expõe em uma das cenas de seu filme e confesa ter desmaiado três vezes para conseguir filma-la.
Em suma, um experimentalismo que dá muito certo, mas que tem um público selecionado, infelizmente. Afinal, não é todo mundo que gostaria de ver um filme deste tipo, seja por receio ou preconceito e mesmo os que se submetem a tal experiência, podem não suportar por muito tempo e abandonar a sala de cinema.
Experimentar e ousar é importante em qualquer forma de arte e o cinema brasileiro estava precisando deste filme. Segue o trailer abaixo:
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