No inicio do filme, vemos o tradicional titulo da Marvel Comics, mas, do nada, ele muda, e se torna um novo símbolo, de uma nova empresa, essa empresa se chama "Marvel Studios", essa pode ser uma diferença pequena, mas, no decorrer do filme, vemos que ela faz muita diferença.
O filme começa, a plateia vibra com as piadas, com a total humanidade do personagem, depois de Homem Aranha 2, não tivemos mais nenhum super herói identificável com o publico geral.
Talvez este seja o trunfo do diretor John Favreu, misturar o humor e a identificação do publico que o Homem Aranha tinha, com o realismo e a identificação com o publico de quadrinhos do Batman de Nolan.
Alias por falar no Batman de Nolan, considero o Homem de Ferro cinematográfico tão realista quanto o Batman de Cristopher Nolan, mas John Favreu foi inteligente o suficiente para perceber que Tony Stark e Bruce Wayne são pessoas diferentes, heróis diferentes, e por isso, merecem filmes com pontos de vista diferentes, e não, simplesmente iguais.
Deixando de divagar, vamos falar da trama do filme, Tony Stark (Robert Downey Jr., excelente) é um industriario milhonario pra lá de simpático, com sucesso entre as mulheres, e que não se importa com o número de pessoas que as armas produzidas pela sua industria matam.
Então, ele viaja até o eixo da guerra, para testar os seus misseis, mas, um ataque de uma facção terrorista intitulada "Os 10 anéis"(referencia óbvia ao vilão clássico Mandarim) acaba transformando o milhonario em prisioneiro.
No "cativeiro" ele descobre o medico Hu Yinsen, que apresenta o diagnostico:um pedaço do seu próprio missel entrou no seu coração, ele não poderá viver, alem de receber esse sombrio diagnostico, ele também é informado que terá de construir um missel para os terroristas.
A partir daqui, a história fica mais intensa, ele constrói uma armadura de guerra e uma placa peitoral (para manter o pedaço do missel fora do seu coração), foge do cativeiro, e volta para os EUA.
Então, conhecemos melhor Peper Pots (Gwyneth Paltrow, que segura o papel no ápice da sua capacidade interpretativa), o militar James Rhodes (melhor amigo de Stark na história) e o seu sócio Obadiah Stane (Jeff Bridges, propositalmente clichê, perfeito).
Depois disso, Tony Stark fica aficionado por criar novas versões da sua armadura, e por reverter a própria situação que ele criou quando fabricava armas inconsequentemente para o governo dos EUA, como ele fará isso?
Criando um pseudomino, um gigante de ferro, que vai até o oriente médio e destroi as próprias armas e, claro, os terroristas que as usam, este "herói" é apelidado na imprensa como "O Homem de Ferro".
Mas, vendo que isto prejudicará os seus negócios, Obadiah Stane começa um quebra-cabeças genial para matar Stark, incluindo a criação de uma nova armadura, maior e mais poderosa, para destruir o homem de ferro.
O filme é cheio de ganchos para um futuro filme dos vingadores (não revelarei nenhum aqui)e, talvez esses ganchos sejam o problema do filme, não para mim, como fã de quadrinhos, mas para o publico em geral, que, muito provavelmente, não os compreenderão, tornando esses trechos do filme pouco acessíveis ao publico.
Mas, fora este pequeno problema, vemos um exemplo impecável de como se criar um blockbuster com um super-herói sem ofender o publico de quadrinhos.
NOTA 9,5
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