Quando se olha para a imagem desse senhor de 63 anos, podem surgir várias interpretações. Um deus, um idiota, um brucutu ou um gênio. Sylvester Stallone consegue ser tudo isso. Muitos o conhecem, mas poucos sabem da carreira de altos e baixos do ator, diretor e roteirista Sylvester Stallone. Por exemplo, você sabia que ele já ganhou um Oscar? É, continue lendo e se surpreenda.
Michael Sylvester Gardenzio Stallone nasceu no 6 de julho de 1946, em Nova York. Filho de um cabeleiro e uma astróloga, ganhou sequelas durante o seu complicado parto, o que gerou seus famosos olhos baixos e boca torta. Após uma adolescência conturbada, onde foi expulso de 14 escolas, desistiu da vida acadêmica. Chegou a ser apontado pelos colegas como a pessoa entre eles com mais probabilidade de acabar indo parar na cadeira elétrica. Se voltou para a Dramaturgia, mesmo sendo constantemente desencorajado pelos seus professores.
Fazendo bicos como lanterninha de cinemas e limpando jaulas de zoológico, Sly sobreviveu enquanto batalhava por uma chance. Chegou até a estrelar um filme pornô, recebendo 200 doláres por sua participação, tudo isso só para conseguir algum dinheiro que conseguisse sustentar ele e seu cachorro. No fim, após sucessivas rejeições e bicos como figurante em filmes, teve que vender o cão para que ele não morresse de fome.
Certo dia, Sly decidiu assistir uma luta de boxe entre o lendário campeão mundial, Muhammad Ali, e um lutador local. Contrariando todas as expectativas, o lutador local ficou de pé até o último round e, pasmem, conseguiu derrubar o campeão em trechos da luta. Inspirado pelo ato de glória daquele homem simplório, Sly voltou para o seu minúsculo apartamento e escreveu em três dias o embrião do filme Rocky - Um Lutador.
Gravado em um mês e com o orçamento de um milhão de doláres, Rocky foi devastador. Arrecadou 117 milhões(Na época, era MUITA coisa) e conseguiu nomeações nas principais categorias de todos as premiação. Com o sucesso, Stallone foi a terceira pessoa na história do cinema a conseguir indicações ao Oscar nas categorias de melhor ator e melhor roteirista fazendo o mesmo filme. Antes dele, apenas Charles Chaplin, com "O Grande Ditador", e Orson Wells, com "Cidadão Kane"!
Daí em diante, Stallone deslanchou. Com a chegada dos anos oitenta, os seus famosos filmes de ação viraram marca registrada dessa decáda. Rambo, Stallone Cobra, Falcon e etc. O tempo passou, os deuses oitentistas foram esquecidos e Stallone foi renegado apenas a lembrança.
Então, em 2006, ele renasceu. Com Rocky Balboa, Stallone mostra que ainda está vivo e ainda sabe fazer belos filmes. Abraçado por 70% da crítica, o filme consagrou a gloriosa volta de Sly. Depois, ressurgiram Rambo e Duro de Matar nos cinemas. Era Sly recriando os velhos tempos para a nova geração.
Atualmente, Stallone está nas telonas com seu "Os Mercenários", um típico filme de ação com astros da pancadaria. O filme está no topo das bilheterias faz duas semanas.
De louco a gênio, de rejeitado a louvado. Sylvester Stallone era, é e sempre será um dos maiores nomes da indústria cinematográfica, quer queiramos ou não.
domingo, 22 de agosto de 2010
Voce Conhece Sylvester?
Redigido por Sr.C às 17:32 0 comentários
domingo, 15 de agosto de 2010
Os Mercenários: Os Velhos Tempos Voltaram
Vivemos em tempos complexos. Os pais não podem mais usar de palmada para educar seus filhos e os torcedores não podem mais xingar nos estádios de futebol. Adolescentes trocam de sexo com a mesma frequência que trocam de roupa enquanto psicólogos explicam a loucura dos dias atuais usando pensamentos freudianos. Com a era da Informação que nasceu no século XXI, os padrões sociais mudaram radicalmente. Twitter, Vllogers, Vampiros que brilham, etc. Tem certas horas que dá vontade de ligar o "foda-se" e voltar no tempo até épocas mais simples.
Eu sou um pouco novo e, dentre as várias coisas que perdi, não tive a oportunidade de ter presenciado as famosas matinês dos anos 80, sempre lotadas ao estreiar os famigerados filmes de ação estrelados por brucutus como Bruce Willis e Schwarzenegger. Segundo relatos, as pessoas se sentavam aonde ainda tinha espaço e vibravam enlouquecidamente ao ver o tipíco "exército de um homem só" arrasar um batalhão de capangas e salvar a mocinha. E foi exatamente assim que me senti vendo Os Mercenários, de Sylvester Stallone. Após ser o responsável por dar o adeus definitivo de dois dos maiores símbolos de década de 80, com seus "Rocky Balboa" e "Rambo IV", Stallone volta aos cinemas realizando mais um fetiche dos fãs saudosistas. Convoca os maiores deuses da pancadaria e junta todos eles em um legitimo filme oitentista.
Está tudo lá, para todo mundo ver. Os clichês, as piadas sem graça, os furos do roteiro, as lutas, as explosões, a trilha sonora rock n' roll, a mocinha em perigo, o vilão canastrão e a busca pela honra perdida. Stallone e Cia vestem a camisa de velhos ícones do cinema e brincam com essa mitologia da porrada do jeito que só eles sabem fazer. Com "Os Mercenários", Stallone mostra a nova geração o quão divertido era os tempos de antigamente, onde não existia o politicamente correto e os heróis eram nobres senhores musculosos sem camisa com metralhadoras em punho.
Mais do que um grande filme de ação, "Os Mercenários" também funciona como uma fuga ao passado não tão distante. Um ode aos velhos heróis de ação esquecidos pelo tempo. Um filme que deve ser encarado apenas como fonte de diversão e nada mais.
Redigido por Sr.C às 20:29 0 comentários
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Escreva diferente. Escreva como brasileiro.
Desde a primeira metade dos anos 50, nossa juventude nunca passou por um momento literário como esse.
Isso por que, em 1954, a obra máxima do professor e filólogo (espécie de cientista das línguas) J.R.R.Tolkien foi publicada pela primeira vez na Inglaterra. Sua publicação terminaria em 1955.
O lançamento de “O Senhor dos Anéis” gerou um boom literário gigantesco entre os jovens. Nunca tantos adolescentes e/ou novos adultos queriam lançar seus livros.
O fenômeno está ocorrendo agora. Sagas literárias como Harry Potter, Eragon, Percy Jackson e, até mesmo, Crepúsculo estão levando muitos jovens a abrir os seus Microsoft Office Words para produzir cada vez mais livros.
Isso deveria gerar uma empolgação enorme entre os especialistas e amantes dos livros, mas, na verdade, está gerando um grande surto de decepção.
Isso por que, cada vez mais editoras negam livros de autores jovens, e, estes desistem desta carreira difícil, mas louvável.
As negativas são facilmente justificadas. Uma editora brasileira quer algo original, criativo e que tenha mercado no Brasil. De nada adianta algo que pode ter grande mercado no exterior se isso deve ser lançado aqui.
Muitos jovens lêem essas séries estrangeiras e formam um padrão na sua mente que não é o padrão do seu país. Aí, temos vários Harrys, Edwards e Percys tentando ganhar vagas nas editoras. E, não preciso mencionar que raramente eles conseguem.
Isso é facilmente explicável. O herói brasileiro é diferente do herói americano.
O herói americano é um Edward Cullen (protagonista da saga Crepúsculo) da vida. Alto, bonitão, voz rouca, que faz as meninas que lêem os livros suspirarem. Esse não é o herói brasileiro.
Os heróis brasileiros (não estou dizendo que eles são ,estou dizendo que eles são aclamados como) são pessoas como Lula, ou Chico Xavier. O herói brasileiro tem que ter aquela marca do nosso povo, do cara que veio do interior, batalhou, lutou e, no fim, venceu na vida.
Não estou dizendo que todo o livro brasileiro deva ser escrito assim. Livros de fantasia são fantásticos e muito importantes para a literatura, mas tem que ter o toque brasileiro.
Outro grande culpado disso tudo é o cinema. Com o surto de adaptações, os jovens já escrevem seus livros pensando em como eles ficariam em uma não tão provável adaptação. Escrevem um argumento pra cinema em forma de livro, se esquecendo que são duas linguagens totalmente diferentes.
Você, jovem, inteligente e brasileiro, se quiser ter seu livro publicado escreva algo condizente com o seu universo, com a sua realidade verde e amarela. E seja criativo, nada de um novo domador de dragões ou bruxo estudante. Tenha uma idéia fantástica e aplique ela, ou, se não tiver, desista.
Por que livros são feitos de idéias novas, não de idéias copiadas. E você nunca vai ser aceito por uma editora como cópia, eu te garanto.
Se quiser mais dicas, recomendo o site Escreva seu livro, da consultora literária Laura Bacellar e do publicitário Sidney Guerra. Além de postagens interessantes, Laura também oferece um serviço de consultoria, que pdoe encontrar a editora ideal para o eu livro. É salgado, mas parece útil.
E se quiser saber mais sobre os perigos das adaptações, veja esse post meu aqui.
Redigido por Paraíba às 10:24 0 comentários
Marcadores: Literatura, Pense Nisso
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Sim, eu vi Shrek para sempre.
Bem aventurado o meu amigo Sr.C, que postou aqui uma maravilhosa critica do filme Toy Sotry 3. Como ví o filme um pouco depois dele, acabou que ele ficou com a crítica, não eu. Sobrou para mim ver a outra grande franquia das animações digitais, Shrek, que também encerra a sua saga com o seu quarto capítulo.
Quando eu falo "sobrou pra mim", deve ter ficado a impressão que eu estou escrevendo neste momento a crítica de um filme deplorável. Perto de Toy Story 3, ele chegap erto disso. Mas, analisando "Shrek para sempre" de maneira unificada, percebemos que a Dreamworks passa os 93 minutos de duração do filme tentando fazer algo que parecia impossível: dar a redenção a uma série que acabou de maneira insonsa (em seu terceiro capítulo, "Shrek Terceiro").
E a Dreamworks consegue novamente.
Shrek, por sí só, já poderia ser considerado o "punk rock" das animações. Crítica a Disney, a Pixar e toda a forma de cultura POP de maneira divertídissima sem deixar de ser infantil. O ogro que se apaixona pela princesa, com o tempo, se tornou símbolo de uma interessante
contra-cultura dos anos 2000. O segundo filme da franquia (Sem subtítulos rebuscados, chamado apenas de Shrek 2) acentua ainda mais esse lado transgressor de Shrek, pecando apenas em deixar de lado a infantilidade, que também é muito importante em uma animação desse porte.
O terceiro filme não só estragou a qualidade da franquia, com otambém estragou toda a ideologia que gira em torno dela. mais preocupado em vender brinquedos pelas redes Mcdonald's do que com a qualidade do roteiro, o filme peca por abraçar os clichês dos filmes do gênero, mas agora não como um deboche, e sim, como parte do corpo narrativo. O sucesso de marketing e bilheterias foi garantido. Agora, que o filme foi um furo no coração dos fãs, isso não se pode negar de maneira alguma.
Depois de ler esses dois parágrafos, o leitor deve entender então, como deve ser díficil redimir uma saga que foi enterrada de maneira tão pretensiosa e ruim. Pior do que um filme ruim, é um filme sem ideal, e "Shrek Terceiro" foi isso.
Já "Shrek Para sempre" pode não ser uma obra prima, um filme inovador como os dois primeiros. Longe disso, é um filme comum que decepciona todos aqueles que esperavam um filme que pelo menos fizesse jus ao seu concorrente animado da Disney/Pixar. Mas ainda assim, é um filme que resgata o humor à saga, e que usa de recursos narrativos muito inteligentes e criativos para renovar personagens que já estavam repetitivos, como a princesa/ogra Fiona e o Gato de Botas.
O recurso narrativo inclusive, é o ponto alto do filme. Colocar Shrek em uma "dimensão paralela" resolve boa parte dos problemas que um filme do Ogro fedorento deve ter. Com essa dimensão, o ogro tem uma missão, tem uma lição de moral ("não reclame de barriga cheia"), tem novos personagens, tem um vilão interessante (um dos mais criativos da franquia) e ainda temos conceitos divertidissimos para os cuadjuvantes já batidos.
Isso torna a história um tanto "externa", como se ela não pertencesse a franquia, a cronologia, por que ela não acrescenta nada propriamente dito para a "cronologia ogriana". Mas, é essa falta de preocupação com os limites impostos por cada personagem e pela própria trama acaba caindo como uma luva para o universo do ogro. É como uma interessante fuga da mesmice que já matava a franquia a muito tempo.
O grande erro do filme é o grande erro de quase todos os filmes. Clichê. Coisas como "para salvar tudo, tem que ter o beijo de amor verdadeiro" ou Rebelião boazinha vs Ditadura malévola são coisas que incomodam durante a sessão. Mas nada que supere a senssação de ver o Ogro ter finalmente, um final feliz. Tanto no enredo, quanto para nós, que só queríamos um final decente para ele.
Seria muito bom se esse fosse o honroso capítulo final de uma franquia tão interessante. Infelizmente, um filme do Gato de Botas já esta sendo produzido e a Dreamworks estuda a possibilidade de incluir um do Burro nesse bolo. Não é o dragão, nem Rumpelstilskin, nem qualquer outro vilão que Shrek e sua turma já tiveram que pode matar o Ogro. É sim, a desprezível ganância que assola hollywood.
Quem sabe um bravo cavalheiro, algum dia, não possa vencer esse monstro tão vil que atormenta boas franquias como essa?
NOTA: 7,0
Redigido por Paraíba às 11:01 3 comentários
Marcadores: cinema
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
- E o que você deseja saber?
-Eu desejo saber tudo!
Bons tempos quando a ciência não precisava era explicada, afinal, ela era apenas uma bobagem para lunáticos que fugiram da catequese aos 11 anos de idade.
Hoje em dia tudo é diferente. Cientistas são superstars, premiados (pasmem) com o maior prêmio da história. Um tal de Nobel.
Filmes, livros, quadrinhos e diversos outros objetos de cultura pop são criados pra falar SOBRE CIÊNCIA. As crianças até aprendem ciência na escola.
Mas, tudo isso tem um porém. Químicos, Físicos e Biólogos tem um ponto fraco em comum. Não sabem escrever. Um jornalista, um poeta, um romancista, todos esses tem um poder de síntese. A capacidade de fazer com que seus leitores entendam perfeitamente a ideia que eles querem passar sem maiores dificuldades. Essa falta de síntese as vezes se torna até elemento icônico para certos cientistas. Einstein ficou conhecido por criar um teoria que (segundo a lenda) só podia ser entendida por 5 pessoas em todo o planeta (A teoria da relatividade geral).
Mas, nem todos tem o poder impositivo de Einstein. Por isso, muitas obras entraram para a história como descobertas cientificas initeligiveis, o que criou inclusive, uma má-fama para os cientistas. Até mesmo o grande Stephen Hawking é incompreendido as vezes. A ciência necessitava de um jornalista, de um poeta, de um romancista para sintetizar o TUDO cientifico. Do big bang ao homo sapiens. Da relatividade para a macro ciência até o número quântico para a micro ciência. TUDO, literalmente.
Esse homem foi Bill Bryson.
Jornalista americano, Bryson já era conhecido por seu poder de sintetizar quando praticamente revisitou toda a história estadunidense em Crônicas de um país bem grande e Uma caminhada na floresta: redescobrindo os Estados Unidos pela trilha dos Apalaches. Mas, foi com Breve história de quase tudo que Bryson, simplesmente, fez com que o mais vagabundo dos estudantes (EU) visse a física, a química, a biologia e a genética não como monólogos chato, sem sentido e objetivo, mas sim como uma história fantástica, que nada deve aos nossos contos de ficção-cientifica, que, no fim, sempre pode voltar ao início e nos dar alguma revelação surpreendente.
O grande trunfo de Bryson é se prender aos cientistas, e não a suas descobertas. Assim, vemos histórias fantásticas por trás de todas as grandes descobertas, que envolvem traições, assassinatos, intrigas e, muitas vezes, um esquecimento gerado pura e simplesmente pela falta de carisma do pesquisador. Por que se ater a descoberta dos dinossauros, se podemos também observar toda a mudança social que os museus de paleontologia geraram no séc. 19? Por que olhar apenas para a descoberta da relatividade, se também podemos ver toda a caminhada Einstein até esse momento fatídico? Transformar ciência em narrativa é algo tão difícil quanto a própria ciência, e Bill Bryson faz isso com uma maestria invejável.
Fica aí a dica pra todos que querem compreender a ciência pelas palavras de quem foi treinado para escrever. E a escrita é o que, senão uma grande descoberta?
Redigido por Paraíba às 10:11 4 comentários
Marcadores: Literatura