Como vimos na Parte 1, em 1954 Mauricio se tornou Reporter Policial pela "Folha da Manhã", abaixo podemos ver uma de suas reportagens:
Como pode ser visto, Mauricio ilustrava sua reportagens e foi assim que ele conseguiu a oportunidade de publicar sua tirinhas no jornal e em 18 de Julho de 1959, era publicada sua primeira história, com o Bibu e Franjinha como protagonistas. A partir daí, Mauricio de Sousa não parou mais.
Primeiro ele se inspirou nos syndicates americanos para distrubuir seus quadrinhos para diversos jornais, ao invés de trabalhar apenas para Folha, o que o deixou conhecido em todo país.
Nos anos 60 a "Folha da Manhã", "Folha da Tarde" e "Folha da Noite" se fundem e se tronam a "Folha de São Paulo", com isso, o jornal adquiriu um prédio ao lado do prédio da redação da "Folha da Manhã" e um andar deste prédio pertencia a Mauricio de Sousa, porque foi neste período que ele começou a formar sua equipe que se chamaria Mauricio de Sousa Produções (MSP) e mudaria a história editorial do Brasil.
Lançou a revista "Bidu" pela editora Continental, onde seu editor foi o metre Jayme Cortez, que orientou o jovem Mauricio a continuar fazendo quadrinhos cômicos e não partir para as HQs de terror, que começavam a despontar pelo Brasil e ainda fariam um grande sucesso.
Foi neste periodo que Mauricio tomou uma das decisões mais polêmica de sua carreira: Passou a não creditar os roteiristas e desenhitas que trabalham com ele e suas produções eram "assinadas" coletivamente pelo selo Mauricio de Sousa Produções, decisão que foi e ainda é criticada por muitos desenhistas e roteiristas. A motivação para tal decisão era de que o nome corporativo (assim como Walt Disney Productions) era muito mais forte que o nome dele ou de qualquer outro artista.
Em 1963 seus negócios estavam indo muito bem e Mauricio ficou encarregado de cuidar da seção de quadrinhos da "Folha de São Paulo", foi por isso que outros dois mestres dos quadrinhos tiveram sua tiras publicadas no jornal: "O Gaúcho" de Julio Shimamoto e "Vizunga" de Flávio Colin.
Mauricio é acusado até hoje de ter explorado estas e outras obras de amigos quadrinhistas em beneficio própio, descontando altas comissões para a "Mauricio de Sousa Produções", mas tais acusações não podem ser comprovadas.
Foi exatamente em 1963 que foi criada a personagem que se tornaria a mais famosa de suas criação: A Dentuça Mônica! Nascida em uma tirinha do Cebolinha, mas que logo grande ares de protagonista, em 1964 foram criadoas a Tina e Rolo, seguindo o movimento Hippie da época e no intuito de atinir um público mais velho que o público alvo da MSP.
Muitos personagens já tinham sido criados e foi em Maio de 1970 que naseu a Revista da "Mônica e sua Turma". O sucesso de Mauricio foi tanto que em 1972 Mauricio foi "representar o Brasil" em uma convenção de quadrinhos em Nova York, onde conheceu vários gênios da nona arte e alguns de seus ídolos, como Will Eisner e Stan Lee. Em 1974 ele recebeu o prêmio "Yellow Kid" no festival de Lucca na Ítalia, consolidando assim sua fama em todo mundo. Mesmo assim esse foi só o começo de sua ascenção rumo ao sucesso.
Na parte 3 (e final) deste dossiê, veremos como Mauricio se tornou um grande empresário e seu "estúdio" um "Império do entretenimento". Até lá!
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