domingo, 15 de agosto de 2010

Os Mercenários: Os Velhos Tempos Voltaram




Vivemos em tempos complexos. Os pais não podem mais usar de palmada para educar seus filhos e os torcedores não podem mais xingar nos estádios de futebol. Adolescentes trocam de sexo com a mesma frequência que trocam de roupa enquanto psicólogos explicam a loucura dos dias atuais usando pensamentos freudianos. Com a era da Informação que nasceu no século XXI, os padrões sociais mudaram radicalmente. Twitter, Vllogers, Vampiros que brilham, etc. Tem certas horas que dá vontade de ligar o "foda-se" e voltar no tempo até épocas mais simples.

Eu sou um pouco novo e, dentre as várias coisas que perdi, não tive a oportunidade de ter presenciado as famosas matinês dos anos 80, sempre lotadas ao estreiar os famigerados filmes de ação estrelados por brucutus como Bruce Willis e Schwarzenegger. Segundo relatos, as pessoas se sentavam aonde ainda tinha espaço e vibravam enlouquecidamente ao ver o tipíco "exército de um homem só" arrasar um batalhão de capangas e salvar a mocinha. E foi exatamente assim que me senti vendo Os Mercenários, de Sylvester Stallone. Após ser o responsável por dar o adeus definitivo de dois dos maiores símbolos de década de 80, com seus "Rocky Balboa" e "Rambo IV", Stallone volta aos cinemas realizando mais um fetiche dos fãs saudosistas. Convoca os maiores deuses da pancadaria e junta todos eles em um legitimo filme oitentista.


Está tudo lá, para todo mundo ver. Os clichês, as piadas sem graça, os furos do roteiro, as lutas, as explosões, a trilha sonora rock n' roll, a mocinha em perigo, o vilão canastrão e a busca pela honra perdida. Stallone e Cia vestem a camisa de velhos ícones do cinema e brincam com essa mitologia da porrada do jeito que só eles sabem fazer. Com "Os Mercenários", Stallone mostra a nova geração o quão divertido era os tempos de antigamente, onde não existia o politicamente correto e os heróis eram nobres senhores musculosos sem camisa com metralhadoras em punho.

Mais do que um grande filme de ação, "Os Mercenários" também funciona como uma fuga ao passado não tão distante. Um ode aos velhos heróis de ação esquecidos pelo tempo. Um filme que deve ser encarado apenas como fonte de diversão e nada mais.

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