sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Escreva diferente. Escreva como brasileiro.

Desde a primeira metade dos anos 50, nossa juventude nunca passou por um momento literário como esse.

Isso por que, em 1954, a obra máxima do professor e filólogo (espécie de cientista das línguas) J.R.R.Tolkien foi publicada pela primeira vez na Inglaterra. Sua publicação terminaria em 1955.

O lançamento de “O Senhor dos Anéis” gerou um boom literário gigantesco entre os jovens. Nunca tantos adolescentes e/ou novos adultos queriam lançar seus livros.

O fenômeno está ocorrendo agora. Sagas literárias como Harry Potter, Eragon, Percy Jackson e, até mesmo, Crepúsculo estão levando muitos jovens a abrir os seus Microsoft Office Words para produzir cada vez mais livros.

Isso deveria gerar uma empolgação enorme entre os especialistas e amantes dos livros, mas, na verdade, está gerando um grande surto de decepção.

Isso por que, cada vez mais editoras negam livros de autores jovens, e, estes desistem desta carreira difícil, mas louvável.

As negativas são facilmente justificadas. Uma editora brasileira quer algo original, criativo e que tenha mercado no Brasil. De nada adianta algo que pode ter grande mercado no exterior se isso deve ser lançado aqui.

Muitos jovens lêem essas séries estrangeiras e formam um padrão na sua mente que não é o padrão do seu país. Aí, temos vários Harrys, Edwards e Percys tentando ganhar vagas nas editoras. E, não preciso mencionar que raramente eles conseguem.

Isso é facilmente explicável. O herói brasileiro é diferente do herói americano.


O herói americano é um Edward Cullen (protagonista da saga Crepúsculo) da vida. Alto, bonitão, voz rouca, que faz as meninas que lêem os livros suspirarem. Esse não é o herói brasileiro.

Os heróis brasileiros (não estou dizendo que eles são ,estou dizendo que eles são aclamados como) são pessoas como Lula, ou Chico Xavier. O herói brasileiro tem que ter aquela marca do nosso povo, do cara que veio do interior, batalhou, lutou e, no fim, venceu na vida.

Não estou dizendo que todo o livro brasileiro deva ser escrito assim. Livros de fantasia são fantásticos e muito importantes para a literatura, mas tem que ter o toque brasileiro.

Mas, na tentativa de idolatrar uma cultura que não é nossa, muitos jovens escritores desistem de suas carreiras. Se você tem talento pra escreverm, prefere abandonar isso em troca de um anti-patriotismo barato, o ude sonhos altos de lançar seu livro no exterior? Claro que não!

Outro grande culpado disso tudo é o cinema. Com o surto de adaptações, os jovens já escrevem seus livros pensando em como eles ficariam em uma não tão provável adaptação. Escrevem um argumento pra cinema em forma de livro, se esquecendo que são duas linguagens totalmente diferentes.

Você, jovem, inteligente e brasileiro, se quiser ter seu livro publicado escreva algo condizente com o seu universo, com a sua realidade verde e amarela. E seja criativo, nada de um novo domador de dragões ou bruxo estudante. Tenha uma idéia fantástica e aplique ela, ou, se não tiver, desista.

Por que livros são feitos de idéias novas, não de idéias copiadas. E você nunca vai ser aceito por uma editora como cópia, eu te garanto.

Se quiser mais dicas, recomendo o site Escreva seu livro, da consultora literária Laura Bacellar e do publicitário Sidney Guerra. Além de postagens interessantes, Laura também oferece um serviço de consultoria, que pdoe encontrar a editora ideal para o eu livro. É salgado, mas parece útil.

E se quiser saber mais sobre os perigos das adaptações, veja esse post meu aqui.

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