segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sim, eu vi Sherlock Holmes.



Geralmente, filmagens de personagens ou temas muito famosos te deixam, como posso dizer, excitado.

Você se empolga com o personagem,a ponto até de largar a versão original por um tempo, apenas para rever mais vezes a empolgante versão atual, cheia de efeitos e atores consagrados.Infelizmente, Sherlock Holmes não me deu esta sensação.

Apesar do diretor renomado, atores excelentes ,enredo criativo e direção de arte belíssima, Sherlock Holmes peca na falta de direção da história e na densidade mal elaborada dos personagens secundários, como a femme fatale Irene Poter, o fiel escudeiro John Watson e no vilão, o nem tão perverso Conde Blackwood.

A trama, cheia de elementos como sociedades de mágia negra e policias favorecendo o mocinho.A trama é interessante e, na segunda metade, ganha rumos criativos, mas se perde logo na primeira parte do filme, pela chamada confusão proposital errônea.

Um confusão proposital correta,como em Kill Bill, vem combinada com um ritmo lento nas parte cortadas, para deixar o espectador raciocinar. Sherlock Holmes se faz de um edições rápida, com todas as revelações (como uma lista) mostradas no final, na tentativa de mostrar a inteligência do personagem.Tentativa errada, só pra constar.

O personagem John Watson perdeu toda a sua mística para virar um médico mauricinho chato que eventualmente dá porrada em alguém, personagem sem nexo que ganha apatia do público da mesma forma que Sherlock desvenda um caso.

Mas, leitores queridos, não confundam isso com saudosismo, eu sou a favor de mudanças em imagens antigas, tanto que acho o tom moderno o ponto alto do filme.Mas essas mudanças não podem ser misturadas como desrespeito total a obra original,sendo e, algumas citações clássicas fariam bem ao filme, pois o espectador ganharia identificação.Frases como "elementar meu caro Watson" e elementos narrativos como Watson estar narrando a história soariam como alívio para um filme tão rápido.

A segunda metade do filme se mostra um pouco mais lenta, ou seja, flui melhor na cabeça do espectador, além de tornar o monótono vilão Conde Blackwood um pouco mais interessante, assim como os dois personagens secundários.

Fatos obscuros da vida de Sherlock, como sua paixão pela luta (algo muito comum no período vitoriano) e a excelente atuação de Robert Doweney Jr (levemente inspirada no House de Hugh Laurie, que é, na minha opinião, a melhor versão já feita de Sherlock) tornam o personagem um ponto agradável do filme, como uma espécie de válvula de escape, o que não deixa de ser correto, já que é um filme sobre ele.

Então temos um filme que tem tudo pra engrenar, mas não engrena por culpa do ritmo fraco e do total descaso com a personalidade dos personagens secundários.No fim, ele se torna uma diversão despretensiosa e inútil, e como todo o tipo de entretenimento sem nexo, merece nossa reverência.

NOTA: 6,5

25 comentários:

Doutor Radioativo disse...

ão vi o filme, mas você fez uma critica negativa e deu uma nota baixa para um filme muito elogiado. Prevejo altas confusões...

Juliana disse...

Também não gostei...

Unknown disse...

Eu já li grande parte dos livros do Doyle e, acreditem, alguns livros do Sherlock Holmes realmente cortam algumas partes, vide "A volta de Sherlock Holmes".
O filme me deixou bem satisfeito, a personalidade áspera do Holmes, ficou perfeita intepretada pelo Robert Downey Jr..
O escritor desta chamada "crítica" se engana ao falar que o Robert se inspirou no House, mas os redatores de House que se baseiam no Holmes (mesmo de forma implícita).
Para começar, House mora no apto. 221, assim como o Holmes. A pessoa que atirou no House chama-se Moriaty, assim como no Holmes.
E como vc explicaria o fato de que a relação entre House e Wilson é exatamente a mesma entre Holmes e Watson?


Enfim, pense duas vezes antes de fazer uma crítica equivocada sobre algum filme.

opulo disse...

Não lembro de ter a frase, elementar meu caro watson em nenhum dos livros... isso é lenda!

Anônimo disse...

Todo mundo sabe que o "elementar, meu caro watson!" só existe no cinema e não na literatura...Quanto ao filme, foi ótimo...eu sou fã dos livros do Sir Conan Doyle e adorei o filme e acredito que a personificação de Sherlock Holmes por Robert Downey Jr ficou sem igual...

Luuuks.. ^^ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luuuks.. ^^ disse...

"Frases como "elementar meu caro Watson" e elementos narrativos como Watson estar narrando a história soariam como alívio para um filme tão rápido."

Concordo com a questão da primeira pessoa na narração, mas 'elementar, meu caro Watson' nunca foi dito em nenhum dos livros de Conan Doyle.
Ele diz em muitos momentos 'Elementar' e em outros tantos pronuncia 'Meu caro Watson', mas nunca juntos, esse jargão foi elaborado nas peças de teatro e nos filmes antigos feitos sobre Sherlock, que criaram uma imagem diferente da idealizada por Conan Doyle, como o xaleco xadrez dele, por exemplo.

Então, alívio foi não ouvir um 'elementar, meu caro Watson'!

Luuuks.. ^^ disse...

"Fatos obscuros da vida de Sherlock, como sua paixão pela luta (algo muito comum no período vitoriano)..."

Não é um fato obscuro, os primeiros contos de Conan Doyle sobre Sherlock mostram a fase pugilista dele, inclusive em "Um estudo em vermelho" se fala muito sobre isso, não é obscuro pra quem leu os livros, acredito.. =)

Amanda. disse...

Antes de julgar algo, se deve conhecer. A famosa frase "elementar, meu caro Watson" não aparece em nenhum dos livros da série do Sherlock Holmes. Além do mais, o filme foi muito elogiado pela crítica e pra mim se mostrou um grande sucesso, que, infelizmente não pode agradar a todos, porém, as criticas que foram feitas aqui foram de péssima visão. Acho que antes de dar sua opinião, melhor pegar os livros do Doyle e ler, comparar com o filme e ver que tanto nos livros quanto no filme, Sherlock Holmes desvenda tudo no final. E eu achei uma bela adaptação do Watson, nos livros ele era meio bobinho e no filme ficou mais atento. Fora que ele se preocupou em salvar a vida do Sherlock algumas vezes, ele não é o monstro que tu estás pintando.
Enfim, reveja seus conceitos ridículos e aprenda antes de vir julgar o que não conheces.

Flashman disse...

Quando comecei a ler o texto pensei que o autor conhecesse a obras literárias... conhece tão bem quanto meu primo de 6 meses!

Celso J. Ferst Jr. disse...

ABSOLUTAMENTE todos que me disseram que assistiram o filme gostaram.
Só vi até agora uma menção negativa.
Que é a sua.

-.-

Unknown disse...

Tambem achei o filme perfeito, mais um failpost....

se vc n gostou do filme beleza, mas falar meia duzia de argumentos sem fundamento? me poupe

Bruno disse...

Cara, o filme deixou um pouco a desejar sim. primeiramente com todos os efeitos hollywoodianos, o Sherlock que conhecemos é muito mais intelectual e investigativo. Além disso, ele era pugilista antes de se tornar detetive particular, o que desjustifica a cena do ringue de apostas. mas o que mais me deixou triste foi eles terem ignorado completamente o Signo dos Quatro onde Watson conhece sua esposa em um caso de Holmes, completamente diferente do filme!!!
Sou grande fã de Sherlock Holmes, mas se algum amigo meu quisesse conhecer suas façanhas, esse filme seria minha última indicação. Abraços.

Anônimo disse...

Gostei muito do filme, não é a toa que já fui ver duas vezes no cinema. E o Ator Robert Downey Jr. caiu como uma luva para o papel =D, muito bom.

João Antônio Barbosa disse...

Vou correndo, como se isso me fizesse escapar dos pingos da chuva que se inicia. Menos tempo na chuva, pode ser ilusório, mas tenho a impressão de que ficarei menos molhado, de que chegarei menos ensopado. Com o canto do olho observo o senhor que com a mangueira termina de limpar a calçada, mesmo sabendo que a chuva há de modificar todo o cenário nos próximos instantes. Ou vai trazer de volta toda a sujeira que ele está tirando ou vai lavar outra vez o que ele acabou de lavar.

A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o que penso enquanto corro dela. A água que cai do céu. Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de ter dali subtraído, que o homem havia optado por viver em grupo por temor aos fenômenos naturais: chuvas, clima, terremotos etc. Foi preciso se unir contra as forças da natureza. As forças amorais na natureza. Quando passa um furacão levando tudo, bons ou os maus, estão todos ameaçados. Quando chove muito e tudo começa a inundar, anjos e demônios poderão estar, em breve, igualmente submersos. Quando a água falta, senhores e escravos morrem da mesma sede. Há forças mais poderosas que a maldade humana.

Os destinos turísticos são, em sua maioria, lugares interessantes por causa da água. Praias, lagos, rios, cachoeiras: somos naturalmente atraídos pela água. A simples vista para o mar ou rio já torna um ambiente mais interessante. Parece óbvio o que digo mas se levarmos em conta que grande parte do planeta é tomado por água isso passa a ser, sim, digno de nota: vivemos em meio a tanta água e ainda somos tão fascinados por ela! Nosso organismo é também, em sua maior porção, água. Somos água, viemos da água, para a água voltaremos e, enquanto tivermos como aproveitar a vida, queremos fazê-lo perto de alguma fonte de água límpida, na beira de um rio ou mar. Navegando, que seja. Queremos água.

Vivemos, porém, sob o alerta de que a água pode acabar. É preciso economizar. Parece absurdo pois a água é absolutamente indestrutível! Se você toca fogo ela vira fumaça e depois volta a ser água, se congela ela derrete e volta a ser água, seja lá o que se faça com ela, a água volta a ser água depois de um tempo, pura e cristalina. E na mesma quantidade! Pois é. Mas pode voltar salgada. Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar? O prejuízo maior que a água pode sofrer é a poluição. Uma vez poluída a água pode demorar muitos anos para voltar ao seu estado natural, potável, como os pingos da chuva lá do início.

Volto ao início e ao senhor que tentava varrer uma folha de árvore, pequenina, da porta de seu prédio, segundos antes da chuva começar. Quantos litros de água pura ele desperdiçava naquela tarefa imbecil? Não seria mais fácil varrer a folhinha ou pegá-la com a mão? Aquela água correria para o bueiro e se juntaria ao esgoto cheio de substâncias químicas e de lá iria parar sabe-se lá onde, mas, poluída, demoraria um tempo enorme para voltar para o reservatório d'água da cidade. Este tempo é que pode ser o suficiente para uma cidade entrar em caos por não ter o que beber. A água não vai "acabar" nunca, mas talvez, um dia, não possamos usufruir dela onde e como gostaríamos. Talvez as grandes desgraças naturais não nos metam tanto medo porque o que nos vai derrotar mesmo sejam as folhinhas nas calçadas. Aguadas de estupidez.

Anônimo disse...

"Não lembro de ter a frase, elementar meu caro watson em nenhum dos livros... isso é lenda!"

Está lá em "um estudo em vermelho" (o 1º livro)

Anônimo disse...

Esperava um pouco mais do filme por causa do diretor. Talvez intrelaçar mais as histórias, um pouco mais agitado. Mas achei o filme bom. Acho que talvez as espectativas estivessem muito altas mesmo.

Diadorim disse...

Seu português é horrível e, apesar de ser esforçado como crítico de filmes, não passa da mediocridade reinante na maioria do universo blogueiro.

Anônimo disse...

Filme muito bom, recomendo, apesar das criticas negativas, só não me lembrava dele ser tão Chuck Norris, achava que ele pensava melhor do que dava porrada.

Paraíba disse...

Richard

Os redatores de House se baseiam em Holmes, eu afirmei isso.Mas Doweney Jr, com suas tiradas lembra muito o House de Hugh Laurie, série mais antiga que o filme Sherlock Holmes.

Opulo e outros

Não falei que era da literatura em nenhum momento, estão botando palavras na minha boca, li a obra de Conan Doyle inteira meus amigos.Mas afirmei que é uma frase clássica associada ao personagem.

Celso

Se eu critiquei (e não dei nota baixa, é acima da média no meu conceito)é por e meu gosto não aprovou, não tenho esse direito?


Para os demais

Eu lis COnan Doyle e sou um afixionado por Conan Doyle.Se cometi alguma injustiça podem me apontar.

Mas é um país livre e uma internet livre.Posso escrever uma critica de qualquer forma, mas prefiro escrever assim e com essa nota, pois é a minha mais sincera opinião.Não é um "leitor ditador" e mudará ela.

Li todos os comentários, achei uns pertinentes, outros nem tanto, mas é a vida.Continuem postando criticas elogios e sugestões que lerei todas.Mas procurem ser JUSTOS e não colocar palavras na boca dos outros.

Abraços,
Capitão Brasil

Vídeos Incríveis disse...

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Anônimo disse...

filme excelente....total failpost!

Opinião é igual a cú...cada um tem a sua

Anônimo disse...

....o cara do post e bem inteligente..
se vcs nao perceberam e so opinião dele, nao esperem q todos vão gosta de tudo que vêem....se vc lerem o post novamente vão entender o "Bem inteligente" acho q ele conhece muito bem a obra literaria...!!

Gu Lemos disse...

Ahh vei fica quieto... suas criticas sao infundadas e pelo q eu notei ngm concordou com vc... vá procurar saber da historia e ver o filme com otros olhos e aí sim faça um post decente

Paraíba disse...

Ver o filme com outros olhos?

Não meu amigo, prefiro ver com os meus mesmo, afinal, a crítica é minha ;)

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