segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Crônicas do Capitão


O mestre e o baiano [2]



Tem muita coisa que Fabiano não entendia.

Não entendia por uqe era pobre.

Não entendia por que estudava.

Mas, de certo, uma coisa ele nunca iria entender.

POR QUE ELE EMBARCOU?

Essa pergunta lhe atormentaria pelo resto da vida, mas atormentou muito mais no momento em que ele entrou no aeroporto "Luís Eduardo Magalhães" e pegou um jatinho particular.

Bagagem?Ele nem sabia o que era isso!Levava uma pequena mochila de mão, com umas camisas e umas cuecas.Ah, e uma bermuda, pois a unica calça dele estava em seu corpo.

O vôo demorou, demorou mesmo.

Mas o que mais demorou foi a viagem de carro depois do embarque, viajem essa que ele nem sentiu, pois, logo apos tomar uma estranha água de coloração esverdeada (tipo a que ele tinha na "casa" dele) ele dormiu feito um anjo.

Quando acordou, se deparou com areia, não, não estava nas praia, estava no meio de um deserto, dentro de um carro sem ar-condicionado, com dois caras mal-erncarados nos bancos frontais.

De repente, o carreo para.

Os dois trogloditas saem da frente, abrem a porta de tras, e jogam Fabio no mei odo deserto.

Alias, quase deserto, pois quando ele olha, vê um oasis enormem, com uma enorma mansão construida no meio dele.

De lá, sai um homem de uns 50 anos, em boa forma pra sua idade, com barba e cabelos colossalmente bem cultivados, usava roupas que tentavam misturar hippies, árabes, indianos e roupas casuais.

Tinha, de baixo do seu braço esquerdo, uma bengala toda forjada a ouro, em baixo do seu direito, um enorme livro, de no minimo 2.000 paginas, e, em baixo dos seus olhos castanhos, óculos "meia lua" incrivelmente sujos.

Era assustador pensar que aquilo poderia ser uma miragem.Mas era, tinha que ser!

Fabio, espantado, olha pata tras a procura dos dois brutamontes que lhe jogaram no meio daquela alucinação, mas, no lugar deles, só haviam marcas de pneus em alta velocidade se desmanchando pelo deserto.

Começou a correr alucinadamente, atrás dele, o homem da alucinação corria takbem, rindo.

Tinha que vencer, ia sair desse pesadelo, ia voltar pra sua casa, comer um acarajé e ir pra faculdade, tinha que acordar!

Até que o homem ultrapassa Fabio, e pula em cima dele surpreendentemente.

De sua garganda, sai uma voz rouca e nazalenta, desagradavel a ponto de você nem encarar ele quando ele fala:

-Não sou um sonho meu filho, mas se não encarar essa bolsa com seriuedade, posso me tornar seu maior pesadelo!

Aquela frase de efeito, tosca ao extremo, fez com que ele parasse e pensasse, "ele me tocou, então deve ser real!".

Mas, e se não fosse?

Deram uma agua muito estranha pra ele, e se ele estivesse drogado, e tudo aquilo não estivesse acontecendo?

Mas, não dizem que a droga só amplia a realidade?

Então tudo certo, é melhor ouvir a alucinação do que continuar correndo, melhor comer comida de mentira do que comer uma areia bem real!
CONTINUA...

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