sábado, 6 de setembro de 2008

A História das HQs – Image and Imagination



Nos anos oitenta, na Europa, era publicada a revista 2000AD, uma antologia de histórias de ficção cientifica, onde surgiram grandes talentos, entre eles, Alan Moore. Moore também participava da revista Warrior, onde publicou V de Vingança. Moore ainda escreveu a série do Capitão Bretanha, para a Marvel Britânica, personagem este que foi incorporado ao universo “oficial” da editora, devido a seu sucesso.

Como já foi dito aqui, nesta mesma época, nos Estados unidos, as revistas de super-heróis não vendiam bem e as grandes editoras, Marvel e DC, começaram a publicação das Mega-Sagas, que vendiam bem, mas não o mesmo que as revistas do Fim da década de 70.






Devido a todos estes fatos a DC promoveu um “evento” que ficou conhecido como Invasão Britânica, onde ela contratou grandes escritores da 2000AD e Warrior, entre eles Alan Moore, que na DC, foi o responsável pela Reformulação do Monstro do Pântano, personagem esquecido da DC. Após isto ele ficaria responsável, pela revitalização de antigos personagens da Charlton Comics e National Comics, porém o projeto acabou se tronando Watchmen, que , como já foi dito, é um dos maiores marcos na história das Hqs, trouxe muitos elementos novos e tranformaou toda a indústria.A DC também publicou V de Vingança.

Na Marvel, Frank Miller, transformava o Demolidor, personagem quase inexpressivo da editora, em um dos maiores heróis da época. Depois Miller foi escrever na DC, onde concebeu seu Maior clássico, Batman: O Cavaleiro das Trevas. No fim dos anos 80, a invasão britânica criou Grandes clássicos das HQs, Como Patrulha do destino, de Grant Morrison, Homem-Animal, do mesmo autor, a versão de Neil Gaiman para Sandman, entre outros.

Com o inicio dos anos noventa, a Marvel viu suas vendas aumentarem muito, principalmente graças à popularidade de alguns autores e desenhistas. Para aumentar ainda mais as vendas a Marvel tomou uma decisão arriscada, “reiniciar” todo seu universo, algo até certo ponto, parecido coma “Crise nas Infinitas Terras” da DC Comics. Então, O Homem-aranha, descobriu que era um clone e foi substituído, surge a saga “Massacre Marvel”, onde Vingadores, Quarteto Fantástico, Hulk, entre outros, sacrificaram suas vidas e foram substituídos por um novo universo, com suas histórias sendo escritas pelos artistas Pop-star da época, capitaneados por Rob Liefeld.




Na DC, o Superman, morreu e voltou, a Mulher-Maravilha foi substituída, o Lanterna Verde se tornou Parallax e foi substituído, Batman ficou Paraplégico. Podemos dizer, que os heróis não eram mais os mesmos, em nenhum sentido, as histórias são tidas até hoje como ruins, devido à demasiada importância dada a arte, e o desprezo aos roteiros.

Depois de algumas brigas contratuais, os artistas mais famosos da Marvel, formaram, de forma independente a Image Comics, editora que continuou por muito tempo usando a mesma fórmula, de arte sobre o roteiro. A Editora era capitaneada por Rob Liefeld, e tinha entre seus artistas, Marc Silvestre e Todd McFarlane.

Estes fatos foram os maiores responsáveis pelo selo Vertigo, da DC Comics, criado em 1993, onde os leitores cansados de Comic Code Authority, cansados de Mega-sagas, cansados da Image, encontravam histórias que fugiam totalmente do padrão.
Neste selo, foram criadas séries como Os Invisíveis de Grant Morrison, Orquídea Negra de Neil Gaiman e o já citado Sandman de Gaiman.


A Marvel recriou seu antigo universo, A DC continuou por um tempo com as Grandes sgas, que já não eram tão populares, publicando sagas como A Noite Final e Mundos em Guerra.

Neta época o Comic Code ainda agia nos Estados Unidos, porém de maneira totalmente ineficaz, ele só seria aposentado definitivamente em 2001 após da criação do Selo Marvel Max, mas mesmo ativo, não era mais obrigatório (o Selo Vertigo o desconsiderava) e não tinha nenhum poder mesmo sobre as revistas da linha da Marvel e DC.

Na quinta e última parte da história das HQs, você verá a divisão da Image Comics, as HQs da nova era, a volta das Mega-sagas, agora chamadas de crossovers. E também, para onde iremos neste vasto mundo das HQs. Até Lá. Não perca!

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